A questão sobre os prémios de jogo e ajudas de custo volta à baila na seleção angolana. A renúncia de Zuela em representar os Palancas Negras, por, entre outros motivos, a discordância em relação à tabela de ajudas de custo praticadas pela federação angolana, veio acender um debate que fez correr muita tinta em Angola nos finais do ano passado, antes do CAN´2012.
Cardoso Lima, secretário-geral da federação angolana, afirmou ao Jornal dos Desportos que houve alterações em relação às ajudas de custo. A federação dá menos do que pagava anteriormente, algo que não terá agradado a todos os jogadores.
Se dantes a FAF dava 1200 euros por semana aos atletas, agora a entidade máxima do futebol angolano paga cerca de 80 euros por dia.
Já em relação aos prémios de jogo, não houve grandes alterações. A diferença é que agora a federação não paga os empates em casa, a não ser com seleções de nomeada. Os empates fora valem mil euros a cada jogador, independentemente do adversário. Dantes a federação dava 676 euros.
Os cortes nas ajudas de custo e prémios de jogo foram justificados por Cardoso Lima pelas dificuldades orçamentais da federação. O secretário-geral dá um exemplo: uma delegação de 40 pessoas (como a que está em Lisboa) custa, só em ajudas de custo, quase 48 mil euros, adicionando aos 238 euros dos custos de hospedagem, alojamento e outras despesas diárias por pessoa, chega-se aos valores próximos de 95 mil euros por semana.
"Com todos os apoios que possamos ter, não é possível manter esses gastos. E não nos esqueçamos que temos despesas com as outras selecções, que merecem a mesma atenção e condições dignas. Os Sub-20, Sub-17 e outras também são selecções nacionais", disse Cardoso Lima, citado pelo Jornal dos Desportos.
Os jogadores já tinham manifestado o seu desagrado antes da partida para o CAN´2012 relativamente aos prémios de jogo. Na altura, a federação liquidou os prémios relativos à qualificação dos Palancas, algo que demorou muito a ser feito e que gerou algum desconforto entre os atletas.
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