O treinador do Marítimo, Tulipa, disse hoje que o emblema que vai disputar a II Liga de futebol tem de se comprometer a manter os jogadores mais influentes para alcançar o objetivo de subida ao escalão principal.
“Os clubes têm de se comprometer a guardar as melhores peças para no fundo podermos almejar aquele que é o nosso objetivo”, referiu o sucessor de José Gomes no comando técnico, cimentando a importância de segurar André Vidigal, “um jogador com muita competência e qualidade, que conhece bem a II Liga, porque foi o melhor jogador do campeonato há duas épocas”.
Questionado se acredita que vai conseguir manter o extremo no plantel, Tulipa garantiu que esse era o seu desejo, mas que se não for possível será encontrada outra solução, sublinhando que veio para o Marítimo “para arranjar soluções, não para arranjar desculpas”.
O técnico, de 50 anos, afirmou que o plantel ainda não está fechado, porque é necessário intervir em quase todos os setores, explicando que o perfil procurado se prende com “gente que também conheça a II Liga e que se adapte mais rápido a isso” e que as contratações já feitas seguiram a mesma linha, porque “jogar na primeira Liga é diferente de jogar na segunda”.
“Temos jogadores que, em função de não terem conseguido o objetivo, também têm valor, porque fizeram uma boa época a nível individual”, destacou Tulipa, enfatizando que “gostaria que todos ficassem", mas que percebe "que a disponibilidade financeira do clube também tem importância”.
Tulipa, que representou o Vizela nos últimos seis meses, equipa que vai visitar em 22 de julho, às 15:30, para a primeira eliminatória da Taça da Liga, considera que a competição “arranca muito cedo”, explicando que por essa mesma razão o número de jogos a realizar no estágio de pré-temporada serão reduzidos.
“A Taça da Liga começa muito cedo, com alguns clubes ainda impreparados para a competição, a resolver alguns ajustes no seu plantel. Somos uma dessas equipas, mas vamos com a mesma missão, em tudo o que fazemos ter ambição, ser competitivos, querer vencer e ser melhores do que o adversário e, isso não vai fugir à regra”, frisou.
Já para o campeonato, o arranque será com dérbi madeirense, com os ‘verde rubros’ a visitar o Nacional, em 13 de agosto.
“É bom, não temos de viajar e vamos defrontar um adversário também com dimensão histórica. Ter um estádio cheio também vai ser importante”, apontou o ‘timoneiro’, que orientou a extinta equipa de sub-23 do Marítimo na temporada 2021/22 e passou enquanto jogador em 1998/99.
No treino, que teve lugar no complexo desportivo do clube, marcaram presença cerca de uma centena de adeptos, que aplaudiram os golos e gritaram frases de apoio, lembrando que “a camisola tem peso” e que “esta temporada é para subir”.
“Abrir o espaço para os adeptos foi muito importante. A exigência dos adeptos leva ao não querer errar e falhar. A envolvência que cria, que é muito parecida ao jogo, é importante também”, concluiu Tulipa.
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