Os sócios do Tondela aprovaram, por unanimidade, em Assembleia Geral (AG), as contas de 2022 e a cedência de espaço para um investimento privado instalar painéis fotovoltaicos e, consequentemente, beneficiar o clube da II Liga de futebol.
“Os resultados operacionais foram superiores a 7.700 euros, ou seja, um saldo positivo que acaba em negativo com as depreciações dos edifícios e património, tal como a lei prevê e daí um resultado líquido de 133,7 mil euros”, justificou o presidente do clube e da SAD do Tondela.
Gilberto Coimbra reconheceu que “as contas não estão onde desejava” que estivessem, mas lembrou que “foi um ano difícil e o que vai agora começar também não vai ser mais fácil”.
“Depois de atravessar o deserto é preciso muita água para sobreviver e é disso que andamos à procura e que vamos procurar. Depois deste deserto, estou muito satisfeito com a equipa que conseguimos formar, agora vamos ver jogo a jogo”, afirmou.
Na AG foi também aprovada, por unanimidade, a autorização para o clube “negociar com uma empresa que quer fazer um grande investimento na área das energias renováveis”.
“Fomos confrontados para cedermos, nos espaços que temos, área para uma empresa colocar painéis fotovoltaicos e vai ser, naturalmente, bom para o clube, em termos de redução de custos de energia”, explicou.
Sem estar ainda o negócio concretizado - “só agora é que vai ser realizado” -, o presidente esclareceu que “os sócios do Tondela também poderão usufruir dessas energias” renováveis, com o clube a “ceder unicamente espaço para a sua exploração”.
Perante uma assembleia com menos de 50 sócios, inferior aos últimos anos, Gilberto Coimbra lembrou que “o clube continua a ser dono a 100% da SAD do Tondela”, mas afirmou que “o futuro passará sempre por um investidor”.
“Não tem de ser já amanhã, vai ser com bastante mais calma. Não é que não tivesse havido precaução lá atrás, mas não houve a sorte desejável. Vamos tentar estudar e ultrapassar esta situação com serenidade”, admitiu.
Aos sócios falou também do seu sonho, enquanto presidente do clube, de acabar a construção da academia e centro de estágios, na localidade de Nandufe, que “já ultrapassou todos os entraves das licenças, mas a obra está parada”.
“O projeto não está parado, mas a obra propriamente dita continua parada, porque foi a travessia do deserto e agora é reunir forças para ver o que é que é possível dispor para lá, porque faltam verbas financeiras”, reconheceu.
As últimas palavras do seu discurso foram um apelo “à presença constante e assídua no estádio para apoiar a equipa” principal, que disputa a II Liga de futebol, e também à claque, para que “continue a pautar pelo bom exemplo” nas bancadas.
“Não vale a pena chamar nomes menos bonitos e dizer que os outros ou os árbitros são filhos deste ou daquele. Continuem a ser um bom exemplo, até porque não estamos em ano de vacas gordas e as multas são pesadas”, apelou Gilberto Coimbra.
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