A Fundação Campo Açores, apresentada aos sócios em Assembleia Geral, vai arrancar com um capital estatutário de 200 mil euros, 150 mil dos quais assegurados pelo clube e a parte restante pela Junta de Freguesia de Santa Clara, Grupo Desportivo e Recreativo de Santa Clara e particulares, entre eles emigrantes nos Estados Unidos e Canadá.
Cruz Marques, presidente da Direcção dos encarnados de Ponta Delgada, sublinhou a importância que a nova instituição terá na gestão do património do único clube açoriano da Liga de Honra e no desenvolvimento de iniciativas de formação.
Segundo explicaram os responsáveis pelo lançamento da nova instituição, a sua entrada em funcionamento permitirá obviar a situações como aquela com que o clube se viu confrontado nos últimos anos de perda de património devido à acumulação de dívidas em consequência de erros de gestão.
A Campo Açores, em que o Santa Clara terá um papel preponderante dispondo de cinco lugares num conselho geral de nove elementos, abre também caminho a outras formas de angariação de receitas, facilitando, por exemplo, a recepção de doações.
Cruz Marques apresentou também aos sócios as ideias gerais subjacentes ao projecto de criação de uma sociedade anónima desportiva (SAD), apresentando como principais vantagens da iniciativa a obtenção de ganhos em termos de encargos fiscais e de relacionamento com as instituições financeiras.
Proceder ao saneamento financeiro do clube e garantir uma maior transparência desportiva em resultado de regras mais claras constituem dois dos objectivos que avançou para fundamentar a proposta de constituição da Santa Clara SAD.
Cruz Marques admitiu à Agência Lusa tratar-se de uma iniciativa ainda em fase embrionária, considerando-a, porém, fundamental face a uma eventual promoção da equipa açoriana à Liga principal.
A par com a criação da Fundação Campo Açores a criação da SAD constitui um “instrumento fundamental” para a gestão do Santa Clara, referiu.
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