O treinador Paulo Alves assumiu hoje como prioridade retirar o Penafiel da situação difícil em que se encontra na II Liga de futebol, acreditando ser possível "fazer mais e melhor" com "trabalho, seriedade e solidariedade".
Na conferência de imprensa que serviu para o apresentar como sucessor de Carlos Brito no comando técnico do Penafiel, Paulo Alves, de 45 anos, disse "reconhecer qualidades no plantel" e justificou este desafio com a tradição e natureza do clube.
"Este clube tem o ADN com que me identifico e pretendo trazer novamente atitude, empenho e o carater dos jogadores ao serviço do clube, seja em que jogo for", argumentou Paulo Alves, sem esconder tratar-se de "uma responsabilidade muito grande".
Baseando-se no seu conhecimento dos campeonatos profissionais e da própria equipa do Penafiel, em cujo plantel existem jogadores que já orientou, Paulo Alves disse estar convicto de que "pode ser feito sempre mais e melhor", acreditando poder "fazer um bom trabalho".
"Trabalho, rigor, profissionalismo e seriedade é aquilo que prometo. Sou extremamente ambicioso e exigente, custa-me imenso perder e tem também de custar perder aos jogadores. Estou aqui para ganhar os jogos todos, mas temos de ‘morrer’ em cada jogo, se for preciso", acrescentou.
A exigência da II Liga, com um regime de competição de dois encontros por semana, em média, o que não permite ir muito mais além do jogo e da recuperação para o próximo, levou Paulo Alves a destacar "a força do equilíbrio mental" que o grupo terá de ter para retirar o clube do atual 19.º lugar, no limite da permanência.
"O Penafiel não tem de andar neste lugar e, por isso, queremos tirar a equipa dali e, depois, pensar um jogo de cada vez. Mas ninguém pense que basta dizer, é preciso haver solidariedade no grupo, com cada um disposto a ‘morrer' pelo próximo, e solidez mental", afirmou.
O reajuste do plantel é uma possibilidade em aberto na reabertura do mercado e foi assumida pelo técnico e já antes reconhecida pelo presidente Fernando Melo, para quem a escolha de Paulo Alves é reveladora da ambição do projeto que lidera.
"Entendemos que temos um bom plantel e não vamos culpar quem cá esteve, aliás, o Carlos Brito, que foi um senhor a todos os níveis, não foi um mau treinador, mas não teve sorte em vários jogos. Na hora de dar um novo rumo, e dentro dos treinadores disponíveis, entendemos que [o Paulo Alves] era um profundo conhecedor da II Liga e da I e a pessoa ideal para o cargo", justificou.
Paulo Alves assinou um contrato válido até ao final da temporada e nesta nova etapa na sua carreira, após passagens pelo Gil Vicente, por duas vezes, União de Leiria, Vizela, Olhanense, Beira-Mar e o Nassaji Mazandaran, do Irão, faz-se acompanhar pelo adjunto e preparador físico Ricardo Vaz.
Gustavo Cerqueira mantém-se como treinador de guarda-redes e o ex-capitão Ferreira, que estava a trabalhar na observação, foi promovido a adjunto, completando a equipa técnica que hoje iniciou funções.
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