O treinador Manuel Cajuda quebrou o silêncio sobre a sua saída do Académico de Viseu e, em comunicado, justificou a decisão de sair do clube da II Liga de futebol por "motivos estritamente profissionais".
"Foi uma decisão pensada e altamente ponderada e que por motivos estritamente profissionais entendi ser a melhor para a minha carreira desportiva no momento", escreveu o técnico algarvio, de 67 anos.
Sobre o problema de saúde que o afastou dos dois últimos jogos da equipa viseense, na passada quarta-feira, na visita ao Penafiel [derrota por 2-0], e no domingo na receção ao Farense [triunfo por 2-1], Manuel Cajuda diz que a decisão tomada, e oficialmente anunciada no domingo pelo clube beirão, "não teve rigorosamente nada a ver" com a cirurgia a que foi sujeito recentemente, acrescentando que se encontra "a recuperar muito favoravelmente", podendo em poucos dias voltar à rotina habitual de trabalho.
Considerando "um privilégio" ter treinado o Académico de Viseu, Manuel Cajuda diz que deu o melhor de si para ajudar "à evolução e crescimento do clube", deixando ainda um agradecimento público aos viseenses em geral, e aos academistas em particular, "pela hospitalidade" com que foi recebido na cidade de Viriato.
Estendeu os agradecimentos aos "funcionários" e, "em especial aos atletas", com quem, diz, passou "dificuldades e momentos difíceis", mas também "grandes emoções e grandes momentos", lembrando que conseguiu no clube a sua melhor classificação de sempre numa liga profissional nos últimos 30 anos, com o terceiro lugar no final da época passada.
Manuel Cajuda deixou o Académico, mas em Viseu continuam os restantes elementos que o acompanhavam na equipa técnica, entre eles o holandês Flóris Schaap, seu antigo adjunto e agora novo treinador do clube beirão, a quem agradeceu e desejou "as maiores felicidades".
O Académico de Viseu ocupa o 13.º lugar da II Liga, com 19 pontos em 16 jogos, e vai cumprir o encontro que tem em atraso na próxima quarta-feira, em casa do Benfica B.
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