O treinador do Leixões, Manuel Cajuda, disse hoje que a condenação do clube a dois anos de proibição de participar na I e II Ligas, no âmbito do processo Jogo Duplo, não terá implicações na equipa.
Manuel Cajuda não quis comentar diretamente o assunto, após a vitória da sua equipa, por 1-0, no terreno do Benfica B, porque “não sabia desse problema”, mas lembrou que “todos os problemas têm uma solução”.
“Em termos de gestão da equipa, não há muito que saber: é manter o nosso profissionalismo e esperar que o clube resolva, pois tem pessoas inteligentes para o fazer”, atirou o técnico da equipa de Matosinhos na sala de imprensa do Benfica Futebol Campus, no Seixal.
O técnico garantiu, ainda assim, que desde que está no clube de Matosinhos sabe que trabalha “com gente honesta” e sublinhou que irá cumprir os quatro meses que lhe restam de contrato “até ao último segundo, como se não houvesse nada”.
“Não vou falar porque entendo que, no futebol e na vida, cada macaco no seu galho. O problema não passa por mim e falar do que não sei é a maior agressão que posso fazer à minha inteligência”, justificou Manuel Cajuda.
O Leixões foi hoje condenado a dois anos de proibição de participar na I e II ligas, no âmbito do julgamento do processo denominado de Jogo Duplo, relacionado com viciação de resultados no futebol profissional português.
O clube leixonense, atual 11.º classificado da II Liga, foi punido por um crime de corrupção ativa e condenado ainda ao pagamento de uma multa no valor de 60.000 euros.
Foram condenados a penas de prisão efetiva Gustavo Oliveira (seis anos e seis meses), Carlos Daniel Silva ‘Aranha’ (seis anos e nove meses), Rui Dolores (cinco anos e seis meses), Hugo Guedes (cinco anos e nove meses) e João Tiago Rodrigues (cinco anos e dois meses).
Os 27 arguidos do processo Jogo Duplo ficaram hoje a conhecer o acórdão do julgamento, que se iniciou em 22 de fevereiro de 2018 e cuja leitura foi feita no Tribunal Central Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça.
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