O futebolista João Pimenta anunciou hoje a rescisão do seu contrato com o Fátima, alegando quatro meses de salários em atraso e uma postura do clube que envolve «mentiras e promessas não cumpridas».
«Quero rescindir, porque chega uma altura em que, depois de levarmos com tantas mentiras e promessas não cumpridas, isto se torna incomportável. Já atingi o meu limite», acentuou o avançado, de 28 anos, em declarações ao Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF).
João Pimenta é o segundo jogador a rescindir hoje com o CD Fátima alegando salários em atraso, depois de Feliciano ter anunciado a saída do clube, afirmando-se «completamente enganado».
Em comunicado, o SJPF assegura que «são vários os jogadores do Fátima descontentes e a ponderar sair do clube», depois de ter sido tornada pública a «grave situação de incumprimento salarial».
Pimenta, que deixou o Sporting da Covilhã para ingressar no Fátima (campeonato nacional de seniores) na presente temporada, afirma ter quatro meses de salários em atraso, aponta casos de jogadores a quem foi pago um mês de ordenado, mas a outros nada.
«Estamos há quatro meses sem ver um tostão. Sou de longe, tenho viagens para fazer e alimentação nas despesas. Desde que cheguei ao Fátima não ganhei dinheiro , só o gastei», sublinhou.
O jogador elogia ainda o SJPF pelo trabalho «muito importante» que desenvolveu no seu caso e por «estar sempre ao lado dos jogadores».
Feliciano, que já passou por clubes como Desportivo de Chaves, Leixões, Gondomar ou Santa Clara, entendeu que a opção era sair por não existirem condições de continuidade, numa situação que se tem vindo a arrastar.
«Inicialmente vim para cá porque o projeto era agradável e ambicioso. Fui completamente enganado: não me pagam», declarou o avançado, de 32 anos, também em declarações ao SJPF.
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