O Gil Vicente informou esta terça-feira ter enviado ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e à ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, um dossiê sobre as irregularidades fiscais de alguns clubes de futebol no processo de candidatura às provas oficiais.
O dossiê foi igualmente enviado ao secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, e ao secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, e surge no seguimento da queixa apresentada pelo Gil Vicente no Tribunal de Barcelos relativa ao processo de candidaturas às competições profissionais.
O clube de Barcelos, despromovido à II Liga, não se conforma com o facto de a Segurança Social ter emitido uma certidão a confirmar a situação contributiva regularizada de alguns clubes, nomeadamente Académica e Vitória de Setúbal, o que lhes permitiu inscrever e utilizar jogadores com contrato, participando na edição 2015/16 da I Liga.
De resto, chegou mesmo a enviar uma carta ao diretor da Segurança Social a denunciar a situação contributiva de Vitória de Setúbal e Académica, que, por não preencherem integralmente os pressupostos exigidos, nomeadamente falta de certidões da Autoridade Tributária e Aduaneira e do Instituto de Segurança Social, ficaram impedidas de registar contratos de trabalho ou de utilizar os jogadores com contratos registados até que a situação fosse normalizada.
O Gil Vicente acusou ainda a Segurança Social de conivência com o Vitória de Setúbal, alegando que este tinha uma dívida à Autoridade Tributária e Aduaneira e ao Instituto da Segurança Social superior a quatro milhões de euros e que foi celebrado um acordo para pagamento faseado e que a dívida não só não diminuiu, como aumentou, superando os cinco milhões de euros.
No caso da Académica, o Gil Vicente alega um passivo tributário na ordem dos 500 mil euros, mais dívidas à Segurança Social.
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