O presidente do Gil Vicente, António Fiúza, disse hoje que “já esperava” a decisão da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) de acatar a reintegrar o clube minhoto na I Liga.

“Já esperava esta decisão da LPFP. Tal como afirmei na conferência de imprensa da semana passada, os atuais dirigentes, quer da LPFP, quer da federação, são pessoas de bem e é natural que o bom senso tenha imperado. Foi feita justiça e nós já estamos a preparar o plantel para que possa jogar na I Liga muitos anos”, afirmou Fiúza, em declarações à Lusa.

A LPFP admitiu hoje que é inevitável alargar a I Liga para reintegrar o Gil Vicente, na sequência da decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa sobre o ‘Caso Mateus’, assegurando que não irá recorrer da decisão, tal como anunciou na segunda-feira a Federação Portuguesa de Futebol.

O organismo liderado por Pedro Proença acrescentou ainda ter decidido “levar o tema ao escrutínio soberano da Assembleia Geral de clubes, com caráter de urgência, a fim de se deliberar sobre o modelo competitivo a adotar em 2016/17”.

Em agosto de 2006, o Gil Vicente, depois de ter assegurado a permanência, foi despromovido administrativamente à Liga de Honra, atual II Liga, devido à utilização do internacional angolano Mateus, quando o futebolista estava impedido por ter atuado com estatuto de amador, na época imediatamente anterior, ao serviço do Lixa.

Na altura, a Comissão Disciplinar da LPFP sancionou o clube minhoto com a descida de divisão, após uma queixa do Belenenses, que o Conselho de Justiça da FPF ratificou, impedindo ainda os gilistas de participarem na Taça de Portugal, assim como nos campeonatos de juniores e iniciados.

O Gil Vicente recorreu destas decisões para os tribunais administrativos, alegando a nulidade das sanções aplicadas, algo que foi agora confirmado pela sentença do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, proferida a 25 de maio.