Em estreia como treinador nos campeonatos profissionais, Filipe Cândido considera um "desafio" orientar o Mafra em mais uma caminhada na II Liga e ambiciona que a equipa consiga lutar pela subida à I Liga.
Em entrevista à agência Lusa, o treinador de 40 anos afirma que preparou a equipa para pensar num passo de cada vez, mas sem pôr de lado a ambição de fazer "mais e melhor".
"Vamos procurar sempre vencer o próximo jogo. Começamos com um calendário muito cheio, com cinco jogos em 17 dias, mas queremos vencer todos, pensando jogo a jogo. Temos de viver o dia a dia de forma positiva e encarar o próximo jogo com essa mentalidade", afirma Filipe Cândido.
Depois de na última época ter ocupado em algumas jornadas os lugares que davam acesso à subida à I Liga, o técnico não esconde que o Mafra tem a aspiração de repetir essa prestação e poder lutar pela subida à I Liga.
"A proposta que aceitámos foi a de colocar o clube do meio da tabela para cima. Claro que ficar mais acima é sempre melhor. Sabemos que vamos ter de pontuar, ganhar jogos, estar fortes, pois a II Liga é uma prova muito competitiva e equilibrada. Vamos querer estar nas posições da frente e fazer um campeonato tranquilo, sem percalços, com a ambição de fazer melhor do que já foi feito", frisa o técnico.
Quanto à preparação para a nova época, Filipe Cândido classifica como "diferente" todo o trabalho que a equipa técnica teve de programar de forma a contornar as limitações impostas pela pandemia de covid-19.
"Tivemos de ser criativos para desenvolver o trabalho que queríamos. Só recentemente podemos fazer jogos de preparação para avaliar o trabalho que estávamos a realizar, mas dadas as condicionantes acho que fizemos um trabalho de excelência. Estamos ansiosos para que a competição chegue, otimistas e preparados para a luta", considera o treinador.
Com 16 caras novas no plantel até ao momento, o Mafra operou uma verdadeira revolução. Filipe Cândido assume que são muitas mudanças de um ano para o outro, mas explica que essa é a realidade de muitos clubes da II Liga.
"Clubes como o Mafra, depois de fazerem épocas boas como aconteceu o ano passado, não conseguem manter a maioria dos seus jogadores, o que leva a que todos os anos se tenha de fazer uma equipa quase nova. Mas essa também foi uma possibilidade que nos entusiasmou, e procuramos ter um critério assertivo na seleção", garante o técnico, que adianta que em função das últimas movimentações do mercado podem chegar "mais um ou dois jogadores" à formação do Oeste.
Na última temporada, até ao momento da interrupção devido à pandemia de covid-19, o Mafra estava a ser uma das melhores equipas em prova, na qual ocupava, ao fim de 24 jornadas, a quarta posição, com 39 pontos, a nove dos lugares de promoção.
Esta temporada, a formação de Mafra estreia-se na II Liga a jogar fora, frente ao Cova da Piedade, em jogo agendado para domingo, dia 13, às 11:15.
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