Os ‘tricolores’ reagiram à nota emitida pelo Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), no qual relata “agressões no corredor de acesso ao balneário utilizado pela equipa de arbitragem no Estádio José Gomes”, sendo que “um dos responsáveis pela agressão foi identificado pelas forças de segurança presentes no estádio”.
“Defendemos a integridade no futebol profissional e não profissional e qualquer ato de agressão deve ser punido. Estaremos na linha da frente para agir em alguma eventualidade nesse sentido”, começam por dizer os amadorenses, acrescentando: “O CA não devia tomar uma posição sem ouvir ambas as partes. A equipa de arbitragem foi sempre acompanhada pelas forças de segurança ali presentes e existe uma clara intenção de passar a vítima a agressor”.
Reiterando que a posição do Estrela da Amadora não é “contra a instituição SL Benfica ou contra a classe de arbitragem”, o clube aponta que é “contra a atuação desta equipa de arbitragem em concreto”, chefiada por Miguel Nogueira, auxiliado por Nuno Pereira e José Luzia, enquanto Paulo Brás foi o quarto árbitro designado para a partida.
“Existe uma tendência natural de desviar atenções do essencial. Não vimos, no comunicado do CA, que iria agir em conformidade pelo comportamento de um dos elementos da equipa de arbitragem, a insultar os adeptos do CFEA, como também não vimos, no mesmo comunicado, que iria averiguar os insultos constantes a muitos dos nossos jogadores e os avisos/ameaças que foram dirigidos ao banco, com palavras impróprias, por outro elemento dessa mesma equipa, todos estes factos sim, não só de cariz disciplinar, mas também criminal”, acusaram os responsáveis pelos ‘tricolores’.
Os ‘estrelistas’ reforçaram que a arbitragem do jogo “envergonha o país e não defende aquilo que tem sido a cada vez melhor profissionalização dos árbitros no geral”.
“É mais fácil acusar o Estrela da Amadora do que pedir desculpas pela péssima promoção do futebol. Não é por punir os inocentes que vamos lá, mas sim exigindo profissionalismo e isenção a todos, inclusive nos julgamentos que vêm fazer em praça pública, sem ouvir todos os intervenientes”, sublinharam.
A concluir, o clube da Amadora afirma: “Não podemos permitir que os nossos adeptos sejam insultados, que o nosso treinador saia em lágrimas pelo que aconteceu, que um balneário esteja destruído e em lágrimas no final do jogo, que os nossos profissionais tenham assistido a uma calamidade mundial e que as famílias de todos estes elementos sofram as consequências do trabalho de uma equipa de quatro pessoas, que serviria para defender o futebol, e não transformá-lo neste triste espetáculo”.
O árbitro Miguel Nogueira relatou ao Conselho de Arbitragem da FPF a existência de agressões no jogo entre o Estrela da Amadora e o Benfica B, o que levou aquele órgão a participar a ocorrência ao Conselho de Disciplina federativo.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional e a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol também já vieram repudiar as agressões à equipa de arbitragem, apelando “à serenidade de todos os agentes desportivos”.
No encontro disputado na segunda-feira, o Benfica B venceu por 6-3 o Estrela da Amadora, que acabou reduzido a nove jogadores, por expulsão de André Duarte e Afonso Figueiredo.
Logo após o encontro, o clube da Reboleira contestou a arbitragem, tendo o diretor executivo, Marco Ferreira, anunciado que vai “agir criminalmente” contra o árbitro assistente Nuno Pereira, exigindo "um pedido de desculpas da Liga, do Conselho de Disciplina e da equipa de arbitragem".
O Benfica B lidera a II Liga, após 12 jornadas, com 26 pontos, mais 10 do que o Estrela da Amadora, que ocupa o nono posto.
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