Na reunião magna que decorreu sábado à noite e que reuniu cerca de quarenta associados, Emídio Martins, porta-voz da CA, afirmou que "não pode existir um projecto de futuro porque o actual modo de gestão do clube é inviável".
"Sem o levantamento de todas as acções e penhoras, a existência de um período de carência para o clube se poder recuperar e um movimento para refundar o Beira-Mar, não há ninguém que possa querer montar um projecto aqui", disse.
Emídio Martins acrescentou: "Nenhum de nós quer ser criado daqueles que actualmente são os donos do clube", criticando a mais recente acção declarativa interposta por membros da antiga direcção.
De acordo com o dirigente, esta acção incide sobre "receitas futuras, visto que o clube não tem mais nada para penhorar", sublinhando que "apenas com um novo projecto é possível negociar com as forças politicas da cidade".
Nesse sentido, foi também levado à discussão e aprovado um requerimento para o Tribunal Arbitral, de modo a tentar resolver o diferendo entre a Câmara Municipal de Aveiro e clube.
As críticas de Emídio Martins incidiram também sobre o comportamento dos políticos, que acusou de não se interessarem pelo clube, e no "divórcio" dos aveirenses com o Beira-Mar, lembrando que existem apenas 2700 sócios.
A Assembleia Geral foi suspensa, ficando adiada até à próxima quinta-feira, data limite para que haja uma plataforma de entendimento entre a CA e os membros da antiga direcção do Beira-Mar para desbloquear a situação das penhoras ao clube.
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