A Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD) anunciou hoje que vai remeter ao Ministério Público (MP) informação sobre os confrontos no jogo de preparação entre o Lourosa e o Boavista.
“Face à dimensão pública e repercussão das imagens difundidas de invasão de campo e agressões entre adeptos de ambas as equipas, estando em causa eventuais ilícitos criminais de natureza pública, a APCVD procederá ao envio para o MP de toda a informação compilada que se afigure útil para a prossecução da justiça, atendendo à competência das autoridades judiciárias para a investigação de matéria criminal", informou em comunicado a entidade.
No sábado, o encontro particular entre Lusitânia de Lourosa, da Liga 3, e Boavista, da I Liga, de preparação para a temporada futebolística 2024/25, foi suspenso na primeira parte, após uma invasão de adeptos no estádio do clube da Liga 3.
Fonte do emblema do Bessa disse no sábado à agência Lusa que o jogo foi interrompido depois da meia hora, numa fase em que o primeiro encontro com público das duas equipas na pré-época estava empatado 1-1 e a tensão entre atletas contagiava as bancadas do recinto.
O uruguaio Rodrigo Abascal adiantou cedo o Boavista no marcador, mas Miguel Pereira igualou para o Lusitânia de Lourosa, antes de algumas escaramuças no relvado, que, já após o reatar do duelo, subiram de tom num pontapé de canto a favor dos ‘axadrezados’.
Perante a proximidade entre as bancadas e o terreno de jogo, adeptos lusitanistas terão atirado um copo na direção do extremo Salvador Agra, do Boavista, cenário que causou desagrado no setor visitante e motivou a invasão de campo de apoiantes de cada clube.
Os jogadores de Lusitânia de Lourosa e Boavista procuraram acalmar os adeptos, mas a equipa de arbitragem liderada por Sandra Bastos recolheu aos balneários e suspendeu o embate.
Paralelamente, a APCVD acrescentou que, durante o primeiro semestre de 2024, segundo dados que constam de um relatório de atividade sancionatória que será lançado na próxima quarta-feira, 31 de julho, 165 participações ao Ministério Público, proferindo ainda 383 decisões condenatórias em processos de contraordenação.
Segundo dados do Ponto Nacional de Informações sobre o Desporto (PNID), na presente data estão proibidas de aceder a recintos desportivos aproximadamente 450 pessoas, maioritariamente por decisão da APCVD, a que se somam também decisões dos Tribunais Judiciais.
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