Sem poder contar com Cardozo e Matic, Jorge Jesus ‘poupou’ esta noite Melgarejo e Gaitán, optando por Luisinho e Ola John para o ‘onze’ inicial do Benfica. As novidades pouco se notaram na equipa, que entrou com o habitual ritmo alto no seu recinto.
Se aos 3’ o guardião Kieszek ainda conseguiu negar o golo num ‘tiro’ de Rodrigo, dois minutos depois já não foi capaz de voar para travar o golo de Enzo Pérez. O médio argentino concluiu com classe uma boa jogada da autoria de Salvio e Maxi Pereira no flanco direito, atirando em jeito ao ângulo. Estava feito o 1-0 e ainda os sadinos tentavam ‘encaixar-se’ no Benfica.
Os minutos seguintes corresponderam ao melhor período da formação de Jorge Jesus. Dinâmica, pressionante e agressiva, a equipa encarnada dominava por completo os sadinos. O ‘filme’ que se adivinhava para uma vitória fácil foi então interrompido aos 15’, quando Jorginho desperdiça a oportunidade de fazer o empate, rematando ao lado numa jogada onde já só tinha Artur pela frente.
O susto teve um “efeito soporífero” no Benfica. O ritmo caiu, a pressão desapareceu, mas o V. Setúbal de José Mota também pouco ou nada soube aproveitar. De facto, só Rodrigo, aos 35’, esteve perto de quebrar a monotonia, mas falhou um ‘golo cantado’. Do outro lado, Jorginho, Miguel Pedro e Cristiano eram incipientes.
No segundo tempo, o Benfica voltou a despertar e apresentou uma entrada demasiado forte para o frágil V. Setúbal. Primeiro foi Lima, aos 48, a finalizar com eficácia diante de Kieszek, e depois, aos 55’, Rodrigo fechou as contas da partida, após um remate do colega brasileiro.
Em menos de 10 minutos o Benfica deixou o V. Setúbal KO. A dúvida que restava era saber se os encarnados se davam por satisfeitos ou se ainda iam atrás da diferença de golos negativa relativamente ao FC Porto. Com efeito, os sadinos não tiveram a arte ou o engenho necessários para assustar Artur. O guardião brasileiro fez a primeira defesa no jogo aos 85’, o que deixa bem evidente a falta que Meyong já faz aos sadinos.
Entretanto, Jorge Jesus já havia lançado Gaitán, Aimar e Urreta, mas o Benfica não mais apresentou o mesmo dinamismo. A equipa limitou-se a gerir a vantagem com serenidade e assim segurou o triunfo até ao apito final de Vasco Santos, perante o aplauso dos 39538 espetadores.
O Benfica volta a igualar o FC Porto no primeiro lugar, somando ambos 45 pontos em 17 jornadas.
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