Três investidores privados vão apresentar uma queixa nas autoridades contra o clube de futebol Vitória Futebol Clube, conhecido como Vitória de Setúbal, por considerarem terem sido burlados em 700 mil euros pela direção do clube setubalense, avança esta quarta-feira o Correio da Manhã. O referido montante terá sido crucial para que os sadinos conseguissem inscrever jogadores na edição deste ano da I Liga.
Dois financiadores terão entrado, no início da época, com 300 mil euros cada, um deles em numerário, e um terceiro empresário terá empregue 100 mil euros ao serviço do clube. O acordo previa que a direção do Vitória de Setúbal pagasse a referida dívida assim que fosse vendido o central Frederico Venâncio
O jovem formado no Benfica acabou por ser vendido para o Vitória de Guimarães, mas clube sadino ainda não devolveu a verba recebida pelos três investidores. Os setubalenses alegaram que os vimaranenses ainda não tinham saldado a dívida relacionada com Venâncio.
O CM cita fonte oficial do V. Guimarães para garantir que as “contas estão liquidadas” do lado dos vimaranenses, no que respeita à transferência do defesa. "O departamento de contabilidade não percebe o que está em causa", concluiu a mesma fonte.
De acordo com os alegados investidores, que pediram para não serem identificados, nem o dinheiro do empréstimo em numerário nem o valor da transferência de Venâncio deram entrada nas contas do V. Setúbal.
Em comunicado, o Vitória de Setúbal nega as referidas ilegadidades. "Tal como foi anunciado, foi preciso recorrer a investidores para fazer face a problemas pontuais de tesouraria. Foram feitos contratos de mútuo devidamente reconhecidos e refletidos na contabilidade da SAD com três investidores, Armando Jorge Carneiro, Paulo Teixeira e António Rosário", refere o documento.
"Esses contratos foram assinados num escritório de advogados e foi dado como garantia o produto da venda dos direitos e inscrição desportiva do atleta Venâncio. Sucede que a transferência foi feita em molde que não foi ainda recebido qualquer produto da venda. Quando for, serão cumpridos os contratos", acrescenta o documento.
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