O passivo do Vitória de Guimarães, clube cuja SAD participa na I Liga portuguesa de futebol, caiu pela sétima época seguida e fixou-se em 7,45 milhões de euros no final de 2018/19, mostra o respetivo relatório e contas.
Depois de ter atingido os 24 milhões de euros em 2011/12, valor que obrigou o clube a restruturar-se financeiramente, com um Plano Extrajudicial de Conciliação, o passivo diminuiu sempre nos anos seguintes, tendo, entre 2017/18 e 2018/19, caído 16%, dos 8,86 milhões para os 7,45 milhões, revela o documento publicado na sexta-feira, no sítio oficial vitoriano.
No relatório e contas do clube, que vai ser votado na Assembleia Geral de 21 de setembro, vê-se que a quebra ocorreu, sobretudo, no passivo não corrente (longo prazo), com as dívidas à banca a caírem de 4,43 para 3,97 milhões e ao Estado a descerem de 1,99 para 1,53 milhões.
Já o ativo (descida de 34,9 para 34,1 milhões) e o capital próprio (subida de 26 para 26,6 milhões) pouco oscilaram.
A época 2018/19 valeu ainda uma subida do lucro nas atividades do clube, que não incluem futebol profissional e de formação acima dos 11 anos, de 303.000 para 747.000 euros, sendo que a diferença entre rendimentos e gastos, antes de encargos como juros e impostos, foi de 1,68 milhões de euros.
Os rendimentos totais cresceram 18%, dos 5,05 para os 5,96 milhões, graças aos aumentos de 5% nas receitas de quotização, que atingiram os 1,77 milhões, e ainda de 13% nas modalidades e de 5% na gestão das piscinas.
As modalidades vitorianas registaram, porém, gastos de 1,1 milhões de euros, após uma subida de 49% face a 2017/18, e contribuíram para o aumento de 13% nos gastos totais, dos 3,72 para os 4,28 milhões.
Na próxima reunião magna, os sócios do clube vão ainda votar o orçamento para a época 2019/20, decisão que costuma acontecer em junho, mas foi adiada por força do processo que começou com a demissão da anterior direção, liderada por Júlio Mendes, em 27 de maio, e terminou com a eleição de Miguel Pinto Lisboa como novo presidente, em 20 de julho.
O orçamento prevê rendimentos de 4,4 milhões de euros, gastos de 3,5 milhões e um resultado líquido negativo de 95.000 euros, com a previsão relativa às modalidades a dar conta de um prejuízo de 380.000 euros - valor, ainda assim, inferior ao défice de 436.000 euros no final de 2018/19.
O Conselho Fiscal emitiu pareceres favoráveis ao relatório e contas 2018/19 e ao orçamento 2019/20, tendo dito, em relação a este último documento, que é preciso refletir sobre a "alteração do sistema de quotização" do clube e também sobre "medidas de controlo financeiro para as modalidades".
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