Vítor Pereira assumiu hoje que o ADN do FC Porto não permite que os ‘dragões’ desistam da I Liga portuguesa de futebol sem lutarem e acreditarem até ao fim, com duas jornadas por disputar.
“É o ADN do FC Porto. O FC Porto nunca vai entregar um campeonato sem lutar até ao fim. É o espírito daquele clube, dos adeptos, o que vai passando de jogador para outro e de ano para ano. Também acredito que o Benfica sabe disso perfeitamente. Será até ao fim mesmo, o FC Porto vai acreditar até ao fim”, garantiu o ex-técnico dos ‘dragões’.
Numa luta pelo título “sempre bonita”, apimentada por dois desaires consecutivos dos ‘encarnados’, e que “animou um bocadinho a determinada altura”, Vítor Pereira salientou que o Benfica tem tudo a favor num campeonato que permanece “muito interessante”.
“Dos dois lados estão grandes trabalhos dos treinadores, com jogadores de valor e de qualidade que, a qualquer momento, podem fazer a diferença. O que faz a diferença, neste tipo de jogo, às vezes, é uma fração de segundos. A equipa pode estar muito bem o jogo todo e, numa fração de segundos, num erro, o jogo fica decidido”, realçou ainda.
Nas duas épocas como treinador principal do FC Porto, Vítor Pereira soube o que foi ter de correr atrás do Benfica e, já na ‘linha da meta’, ultrapassar o adversário e conquistar o título, num ‘clássico’ eternizado pelo decisivo golo de Kelvin, ao fim de 90+2 minutos.
“No futebol, nada é dado como adquirido. Já tive do outro lado e conseguimos dar a volta. De um lado, é acreditar que é possível. Do outro lado, é manter o foco. Vai haver um vencedor e que seja o melhor”, salientou o técnico, de 54 anos, natural de Espinho.
Atualmente sem clube, depois de uma passagem pelo Brasil – Corinthians e Flamengo -, Vítor Pereira admitiu que, no ‘mengão’, “pagou um bocadinho a fatura” de quase não ter descansado de um projeto para outro, para além de existir uma cobrança superior, devido à enorme falange de adeptos, e de ser um campeonato “extremamente difícil”.
“Preciso de descansar. O futebol é uma paixão, mas ao mesmo tempo uma droga. Hoje, estou bem sem ele, a precisar de parar um bocadinho, mas tenho a certeza absoluta de que, daqui a dois meses, começo a ter dificuldade em viver sem ele. Para já, estou bem e vou descansar, estar com a família e fazer coisas que não faço há muito tempo. Verei depois se tenho paciência para agarrar um bom projeto. Se esse projeto não aparecer depressa, lá vou eu para mais uma aventura”, apontou, em relação ao futuro próximo.
O treinador falou aos jornalistas à margem da conferência 2Build, que liga o mundo empresarial ao desporto e foi organizada pela Smash, numa unidade hoteleira de Cascais, num evento que contou com 118 oradores anunciados e 400 convidados.
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