Os ex-futebolistas do Benfica Vítor Paneira e Stefan Schwarz consideraram hoje que o plantel principal das ‘águias’ está imune às polémicas que têm envolvido clube lisboeta.
Os dois antigos atletas estiveram hoje presentes na inauguração da primeira loja oficial do Benfica no norte do país, situada num centro comercial em Matosinhos, e concordam com o treinador Rui Vitória, que disse ter a equipa "blindada".
“Isso não mexe com os jogadores, nem com a equipa, que está completamente blindada. Há uma proteção extraordinária do que pode surgir na comunicação social, e o rendimento da equipa prova que continua a ser competente dentro de campo, e que vai conseguir os seus objetivos”, analisou Vítor Paneira.
O antigo médio dos ‘encarnados’ reconheceu, ainda assim, que "não será fácil superar esta situação", mas reiterou que são casos "para serem resolvidos nos tribunais e aos quais a equipa está completamente alheia ao que possa vir acontecer"
"Outros clubes já viveram esta situação, mas acredito que justiça vai imperar e que o Benfica está seguro na sua postura no futebol, e nos valores que representa há mais de 100 anos”, acrescentou Paneira.
Stefan Schwarz partilhou a mesma opinião e considerou, até, que essas polémicas podem "fortalecer" a prestação dos jogadores.
"Não sei bem o que se passa, mas tenho confiança na inocência do Benfica. Polémicas há todos os anos, de maior ou menor dimensão. Penso que, para os jogadores, não muda nada, até os fortalece”, sublinhou o ex-internacional sueco.
Os dois ex-jogadores também estiveram em sintonia na análise à liderança do Benfica no campeonato, partilhada com o Sporting de Braga, considerando que "ainda é muito cedo para ser decisiva".
"O campeonato começou há tempo pouco, e o caminho faz-se caminhando, respeitando os adversários e trabalhando com humildade. O resultado do último domingo (triunfo por 1-0 sobre o FC Porto) foi bom, dá tranquilidade, mas o importante é ganhar todos os jogos”, afirmou Stefan Schwarz.
Vítor Paneira acrescentou que o triunfo frente aos ‘dragões' "só vale três pontos", apontando que é "muito prematuro dizer já a importância dessa vitoria", embora reconhecendo que o triunfo "fortalece a equipa, embora sem decidir nada".
Além dos dois ex-jogadores, que vieram acompanhados por José Augusto, outra antiga glória do Benfica e de Portugal, também marcou presença nesta inauguração da loja, a sétima a nível nacional, o dirigente Sílvio Cervan, que se mostrou confiante que esta "será a época da reconquista", para as ‘águias'.
"Espero que esta seja uma loja que venda os cachecóis e camisolas da reconquista. No Benfica, queremos sempre ganhar, mas respeitamos os adversários”, disse o dirigente, não dando especial importância ao triunfo da última jornada, sobre o FC Porto, que considerou ser apenas “1/34 avos do caderno de encargos da equipa”.
Sílvio Cervan frisou que o Benfica respeita “muito” o adversário que venceu “no passado domingo” e lembrou que “ainda falta um longo caminho”.
“Estar em primeiro lugar é melhor que não estar, mas isto é uma maratona e o campeonato faz-se de muitas jornadas. No passado domingo, vencemos com mérito e suor, mas foram apenas três pontos, que não dão para sermos campeões”, completou.
O dirigente, que não se afastou do comentário às polémicas que envolvem o clube, frisou a importância da primeira loja do Benfica na região norte do país.
“Está num sítio importante e estratégico para o Benfica, que tem muitos adeptos espalhados pelo país. A rede está a aumentar e colmatamos mais uma lacuna e a preocupação constante de estarmos juntos dos adeptos e de lhes dar mais um espaço para celebrarem o seu benfiquismo", concluiu Sílvio Cervan.
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