O presidente do Boavista queixou-se na sexta-feira de que os ‘axadrezados’ foram “roubados” pela equipa de arbitragem de Hélder Malheiro na derrota frente ao Gil Vicente (2-1), em encontro da 17.ª jornada da I Liga de futebol.

“O Boavista foi espoliado, roubado e maltratado. Foi isso que aconteceu. Chegou a altura de pôr o dedo na ferida. São atitudes persecutórias contra o Boavista e é claro e inequívoco que ele esteve cá com o objetivo claro de prejudicar o Boavista”, atirou Vítor Murta, na sala de imprensa do Estádio do Bessa, após o encontro com os minhotos.

Com dois lances na mira, que resultaram num cartão amarelo mostrado ao médio Angel Gomes e no segundo golo do Gil Vicente, o líder do Boavista apontou que o juiz da associação de Lisboa “não tem qualidade e categoria” para entrar no recinto portuense.

“Sei que vou ser castigado, mas chegou a altura de pôr o dedo na ferida. É uma vergonha o que aconteceu no Bessa. O Gil Vicente não tem culpa, mas está aos olhos de todos que o segundo golo é claramente precedido de falta. O videoárbitro (VAR) viu isso e chamou o árbitro, que decidiu fazer ouvidos moucos e olhos de cego”, lamentou.

Yves Baraye assinou o golo do triunfo minhoto, aos 85 minutos, a passe de Pedro Marques, responsável, no entendimento dos ‘axadrezados’, por uma falta sobre o defesa colombiano Cristian Devenish, num lance que precisou de ser confirmado pelo VAR.

“Quando temos o árbitro a dizer que o jogador do Boavista faz falta... Foi um roubo. Levaremos isto até às últimas consequências. Têm de ter a consciência de que têm de respeitar um clube centenário. [O árbitro] Desrespeitou o emblema e os jogadores do Boavista. Para dizer as verdades tenho de ser castigado, mas nunca me calarei”, frisou.

Vítor Murta foi o único elemento do emblema portuense a comparecer na sala de imprensa, depois de o Boavista ter completado a primeira volta do campeonato na 16.ª e antepenúltima posição, com 14 pontos, um acima do lanterna-vermelha Farense.

“Que exposição podemos fazer? Só se for junto do Ministério Público. Foi um roubo! Vamo-nos queixar a quem? Não podemos falar? Estes senhores são mais que Deus. Fazem o que querem e lhes apetece e nós temos de estar calados. Adianta exposições? Hoje tiraram-nos um ponto e quem tirou não foi o Gil Vicente. Foi o árbitro”, defendeu.

As ‘panteras’ vão abrir a segunda metade da edição 2020/21 da I Liga com a receção ao Nacional na terça-feira, às 19:00, no Estádio do Bessa, no Porto, num desafio da 18.ª jornada em que o jovem promissor inglês Angel Gomes terá de cumprir castigo.

“Pedi para vir cá olhos nos olhos e sem máscara para que não haja dúvida de que quem está a falar é o presidente. O Boavista tem vindo a ser prejudicado e ficámos calados até hoje [sexta-feira]. Toda a gente percebeu o que se passou. Como é que o Angel Gomes leva o amarelo da forma que levou? Não vai jogar no próximo jogo”, concluiu.