Declarações de Vitor Bruno, treinador do FC Porto, e de Marcano, capitão dos azuis e brancos, após o empate com o Arouca
Vitor Bruno, treinador do FC Porto
Sente que está a faltar algo no FC Porto? "Sim, alguma coisa está a falhar, se não não tínhamos a abordagem que tínhamos na primeira parte. Um adversário que optou por vestir uma pele diferente do que tem sido. Tivemos dificuldades em chegar à baliza do adversário na primeira parte. Sem bola, o nosso jogo foi muito curto. Não procurámos desarrumar a organização defensiva do Arouca e depois há um lance sobre o Wendell em que me parece que devia ter tido intervenção do VAR, mas aí não houve. Na segunda parte tentámos tentar de assalto a área do Arouca, depois o Arouca numa das raras aproximações que tem à nossa baliza acaba por fazer o golo."
FC Porto volta a marcar nos descontos: "É a impressão digital da equipa, é o acreditar sempre. A equipa não caiu, manteve-se viva e ligada ao jogo e acabou por marcar o golo do empate. O jogo foi demasiadas vezes parado. Se queremos promover o nosso futebol, não é desta forma. O árbitro foi algo permissivo. Não quero estar a fugir à verdade. Vivemos numa sociedade demasiado frágil para podermos dizer aquilo que sentimos e desejamos e sob pena de sermos castigados. Às vezes nos privamos de dizer aquilo que nos vai na alma."
Tensão nos momentos finais do jogo: "Não quero faltar ao respeito a ninguém mas penso que aquilo que aconteceu no final foi uma caricatura daquilo que tem sido o futebol mais recente aqui em Portugal. Já tivemos casos mais recentes esta época em que as coisas não funcionaram bem a partir da Cidade do Futebol. Alterar posições que são tomadas em campo, a 10-15 metros, via telefone, não me parece que esse seja o caminho, independentemente de ter ajuizado bem ou mal, não é isso que questiono aqui. Mas se queremos credibilizar ainda mais o futebol e fazer com que o nosso futebol seja falado lá fora pelas melhores razões não é este o caminho."
Trabalho na pausa para as seleções: "Olhar para a pausa e descansar. Queríamos ter 12 pontos, mas temos 10. Nem tudo estava mal, nem tudo está bem. Há jogadores que têm de se adaptar e perceber que o FC Porto é um clube muito grande. Estamos aqui para dar a cara, até porque não faz parte do nosso ADN enquanto equipa."
Marcano, capitão do FC Porto
Jogo difícil: "Foi um jogo difícil desde o início. Estavam baixos, com cinco defesas, às vezes sete. Foi difícil entrar, tivemos algumas oportunidades na primeira, muitas nas segundas. Numa jogada fazem o golo e depois foi mais difícil. Deu 17 minutos, mas houve anti-jogo todos os 90’. Depois é difícil."
Golos sofridos são falta de concentração? "Não é concentração, as equipas estão a ter poucas oportunidades, o Diogo [Costa] não está a fazer muitas defesas, mas quando chegam fazem golo. Temos de olhar para isso melhorar e vamos fazê-lo."
Reação nas partes finais: "A equipa tem alma, tem coração, chega aos minutos finais, numa fase de maior cansaço, e consegue fazer golos. Hoje falhámos penálti, tivemos ocasiões, mas é melhor chegar a ganhar."
Paragem para as seleções: "Vai ser bom para as novas contratações terem tempo para trabalhar, para estarem inteirados, para saberem como trabalhamos. De certeza que vamos melhorar."
O FC Porto evitou hoje uma derrota na receção ao Arouca, ao alcançar o golo do empate 1-1 aos 90+19 minutos, em jogo da quarta jornada da I Liga portuguesa de futebol.
Cristo González adiantou os arouquenses, aos 84 minutos, mas Evanílson fixou o empate em tempo de compensação, impedindo o primeiro desaire dos ‘azuis e brancos’, que ainda falharam uma grande penalidade, aos 90+15, por Galeno.
Com este empate, o FC Porto chegou aos 10 pontos, enquanto o Arouca tem seis pontos.
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