O treinador Vasco Seabra valorizou hoje o “foco e exigência máxima” mantidos pelos futebolistas do Boavista após o triunfo sobre o Benfica (3-0), em vésperas da deslocação ao Farense, no domingo, da sétima jornada da I Liga.
“A forma de trabalhar da equipa é independente dos resultados. Naturalmente a autoestima cresce porque vencemos, mas isso não tem influência no trabalho. Temos de nos manter equilibrados. O caminho a percorrer é longo e temos uma equipa jovem, com vontade muito grande de vencer”, vincou o técnico, em conferência de imprensa.
Os ‘axadrezados’ alcançaram na segunda-feira o primeiro triunfo no campeonato, após duas derrotas e três empates, e procuram crescente “regularidade” exibicional, tendo em vista a “introdução de uma dinâmica de vitória constante”, unida à “cultura do clube”.
“Não podemos ficar deprimidos quando não vencemos nem extraordinariamente felizes e a viver num mundo à parte quando vencemos. Essa exigência tem de ser uma normalidade, seja contra o Benfica, Farense ou outro adversário. No treino, temos de vencer todos os dias o colega do lado, porque temos de ser melhores que ele”, ilustrou.
O Boavista manteve a baliza a zeros pela primeira vez esta temporada, um “motivo de orgulho” assente nas “poucas oportunidades concedidas”, contexto justificado por Vasco Seabra com a “coesão da equipa no seu todo e a forma compacta como pressiona”.
“Não somos lunáticos ao ponto de pensarmos que as vitórias não têm influência nos jogadores. Claro que têm influência nos jogadores e na atmosfera que paira na equipa. É um chavão que as vitórias trazem confiança, serenidade e estabilidade. Dá-nos um sentido especial e tira as dúvidas de que este é o caminho que queremos seguir”, frisou.
No rescaldo da vitória sobre o Benfica, o treinador Jorge Jesus criticou a postura e as faltas cometidas pelas ‘panteras’, cenário desvalorizado pelo homólogo do Boavista, que assumiu não estar “minimamente interessado naquilo que os outros dizem”.
“Quando vencemos de forma tão clara e inequívoca, quando ao intervalo a diferença era de quatro faltas entre as duas equipas e nós tínhamos 11 remates e a vantagem no marcador, não vamos falar sobre as opiniões das pessoas. Analisámos o jogo, vimos o que fizemos bem e mal e valorizamos as nossas ações, jogadores e entrega”, referiu.
Na região do Algarve, o Boavista espera um “jogo extraordinariamente difícil” diante do lanterna-vermelha Farense, que “criou bastantes oportunidades de golo em todos os jogos que realizou” e cuja classificação “não reflete o valor e organização da equipa”.
“Ainda por cima tem o 'boost' de voltar ao seu próprio estádio. Vamos ter um adversário muito motivado e à procura das suas primeiras vitórias. Temos de ir com a nossa garra, dedicação, querer e força coletiva para não permitirmos que o adversário consiga produzir aquilo que já produziu e que nós consigamos sair deste jogo com uma vitória”, apontou.
Vasco Seabra já poderá contar com os médios Javi García, que cumpriu castigo, e Nuno Santos, excluído por questões regulamentares do jogo com o Benfica, enquanto o defesa Adil Rami figura no boletim clínico dos ‘axadrezados’ e continua em dúvida.
O Boavista, 13.º colocado, com seis pontos, visita o Farense, 18.º e último classificado, com apenas dois, no domingo, às 15:00, no Estádio de São Luís, em Faro, num encontro da sétima jornada da I Liga, com arbitragem de Vítor Ferreira, da associação de Braga.
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