Marítimo e Vitória de Setúbal empataram a uma bola na Madeira, em jogo da 25.ª jornada da I Liga. O encontro ficou marcado pela intervenção do VAR, que anulou dois golos aos madeirenses.
O Marítimo interrompe uma série de três derrotas consecutivas, o Vitória de Setúbal não vence há sete jogos.
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Neste regresso do futebol ao Estádio da Madeira, quase três meses depois, os comandados de José Gomes foram melhores durante os 90 minutos, com domínio em todos os sectores. Pressionado pela vitória do Portimonense no dia anterior, o Marítimo queria vencer para 'respirar' melhor na tabela, numa altura em que a equipa está na luta pela manutenção, quando faltam dez jornadas para o final.
Logo aos seis minutos, Makaridze e André Sousa negaram o golo ao Marítimo, num lance onde Rodrigo Pinho já se preparava para festejar. Do primeiro aviso ao primeiro golo foram cinco minutos. Correa centrou de forma tensa, Zainadine e Rodrigo Pinho fizeram-se à bola, esta acabou por entrar na baliza sadina. A Liga deu o golo a Rodrigo Pinho mas nas imagens não se consegue ver se há desvio após centro. O golo ainda foi ao VAR, onde António Nobre acabou por confirmar. Os sadinos pediam fora-de-jogo.
Com problemas nas alas, onde Zequinha e Antonucci não conseguiam evidenciar-se, os homens de Julio Velazquez sentiam inúmeras dificuldades para chegar perto da baliza maritimista. Só aos 21 minutos incomodaram, num lance onde pediram grande penalidade de Zainadine Junior. O árbitro Manuel Oliveira mandou seguir após consultar o VAR.
Ao intervalo, Julio Velazquez trocou o apagado Zequinha por Hildeberto Pereira e os sadinos cresceram do ponto de vista ofensivo. O cabo-verdiano veio dar outra dinâmica ao ataque da equipa que viajou de Setúbal.
Mas seria o Marítimo a ficar muito perto do golo aos 48 minutos, num livre de Zainadine, de fora da área, que bateu com estrondo na barra de Makaridze.
Aos 58 minutos, nova ameaça dos madeirenses. A bola entrou na baliza mas o lance foi anulado pelo VAR, depois da festa dos da casa. Xadas tabelou com Maeda, o médio emprestado pelo SC Braga trocou com Pinho, a bola sofreu um desvio e voltou a Rodrigo Pinho que rematou para o fundo da baliza. Depois de muita análise, o VAR anulou o tento porque Rodrigo Pinho estava em posição irregular por 26 centímetros.
O vídeo-árbitro acabou por ser o protagonista do jogo, com intervenções decisivas. Aliás só a tecnologia 'mantinha' o Vitória de Setúbal em jogo.
A equipa de José Gomes voltou a ter um golo anulado aos 71 minutos, pelo VAR. Após canto de Xadas, Tagueu desviou a bola e esta foi ao braço de Diego Moreno antes de chegar a René, que atirou para o fundo das redes. Depois de muitos festejos, lá apareceu o VAR a anular o lance. Segundo golo anulado pelo vídeo-árbitro aos madeirenses.
O Vitória de Setúbal nunca desistiu, na tentativa de um golo que os pudesse relançar na partida. Já com Mansilla e Leandro Vilela nos postos de Antonucci e Éber Bessa, os sadinos empataram pelo avançado Guedes, após grande trabalho de Hildeberto, o homem que mexeu com o ataque sadino. O extremo correu pela direita, entrou na área e deixou no avançado que só teve de encostar.
O empate penaliza o Marítimo, equipa que teve as melhores oportunidades mas é um prémio pela sugunda parte dos sadinos, que nunca desistiram. Hildeberto Pereira foi essencial na divisão de pontos.
Na próxima ronda o Marítimo joga no Dragão com o FC Porto e não poderá contar com Correa e Rodrigo Pinho, jogadores que viram amarelo e têm de cumprir castigo.
O Marítimo iguala o Tondela com 25 pontos mas vê a distância para a zona de descida ser diminuída para seis pontos. O Vitória de Setúbal iguala o Boavista no 11.º posto com 29 pontos.
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