O VAR foi implementado no campeonato nacional há uma temporada e meia, mas as opiniões sobre esta tecnologia ainda são muito distintas. Há quem considere o VAR útil e confiável, no entanto os últimos dias fizeram crescer as vozes da contestação.

Depois dos jogos da meia-final da Taça da Liga entre FC Porto-Benfica e Sporting de Braga-Sporting, os treinadores e dirigentes dos clubes - principalmente dos grandes - aumentaram a contestação contra a tecnologia do videoárbitro, mas podem existir ainda dúvidas sobre as regras deste sistema.

Assim sendo, recordamos o que é o videoárbitro, para que serve, quando deve intervir e as regras do mesmo.

O que é o videoárbitro ou VAR?

É um sistema de comunicação entre o árbitro de campo e os árbitros a cargo das imagens em direto. O sistema está instalado numa ‘régie' (uma sala de 35 metros, com vários ecrãs, cada um deles com imagens em direto e em bruto de cada uma das câmaras que serão utilizadas na transmissão televisiva do encontro) e permite aceder a todos os ângulos de câmara disponíveis no estádio. Nas primeiras jornadas, existe a possibilidade de a FPF precisar de um centro móvel (uma carrinha no exterior do estádio) em alguns recintos, mas a ideia é que, com o avançar da competição, seja a Cidade do Futebol o centro tecnológico de apoio a todos os jogos.

Quando deve intervir?

O videoárbitro poderá ser utilizado em quatro situações de jogo: golos, penáltis, cartões vermelhos diretos e identidades trocadas.

Golos: Neste caso, o papel do vídeo-árbitro passa por ajudar o juiz a determinar se houve ou não infração que determine a anulação da jogada. Pode aplicar-se a faltas ou a foras de jogo que não tenham sido sancionados.

Penáltis: O VAR deve assegurar que não existem decisões erradas na marcação de grandes penalidades. Em caso de dúvida, o árbitro pode pedir a análise da jogada a quem está a acompanhar o jogo nas televisões ou verificar ele mesmo as imagens para tomar a melhor decisão.

Expulsões: O papel do vídeo-árbitro é assegurar que o árbitro de uma partida não erra quando toma a decisão de expulsar ou não determinado jogador, através do recurso às imagens televisivas.

Troca de identidade: No caso de o árbitro se enganar na atribuição de um amarelo ou vermelho, trocando a identidade do infrator ou mesmo tendo dúvidas sobre que atleta cometeu a infração, deverá ser avisado pelo vídeoárbitro a fim de corrigir a situação.

A comunicação entre o videoárbitro e o árbitro de campo

Quando algum incidente se enquadra nas quatro situações contempladas pelo sistema, o árbitro pede ajuda ou o vídeoárbitro indica que há um incidente que deve ser revisto. O árbitro de campo é aconselhado depois a consultar as imagens.

Na sequência do conselho do vídeo-árbitro, o árbitro de campo pode parar a partida para, fora das linhas do jogo, rever o lance e tomar a medida apropriada ou "aceitar o conselho e agir de acordo com essa informação.

O videoárbitro só vai dar o seu parecer de alteração à decisão inicial do árbitro caso a mesma esteja completamente errada.

As regras do videoárbitro

  1. O recurso ao videoárbitro só para corrigir erros claros ou situações decisivas que tenham passado despercebidas à equipa de arbitragem
  2. Independentemente do conselho do videoárbitro, a decisão final será sempre tomada pelo árbitro principal.
  3. A função do videoárbitro é a de aconselhar o árbitro principal e não a de tomar decisões.
  4. Não existe tempo máximo para rever imagens de um incidente. O rigor é mais importante do que a rapidez, indica o International Board.
  5. Um jogador que faça um "sinal de revisão" será disciplinado com um cartão amarelo.
  6. Jogadores e equipas técnicas não podem rodear o árbitro principal para influenciar revisão das imagens de um incidente ou contestar.

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