Ricardo Silva, que assumiu o comando técnico do Famalicão após a saída de Armando Evangelista, admitiu que a equipa está preparada para disputar o jogo com o FC Porto, na 13.ª jornada da I Liga de futebol.
O treinador de 44 anos, que assumiu de forma interina o comando dos minhotos, na segunda-feira, fez parte da formação do clube enquanto jogador, tendo regressado mais tarde, em 2021/22, para treinador adjunto.
Apesar do pouco tempo de trabalho, Ricardo Silva garantiu que os jogadores estão preparados para disputarem o jogo com os portistas apesar da semana atípica.
“Aquilo que podem contar seguramente é que vamos ter um Famalicão dentro de campo que tem uma ideia do que quer fazer no jogo, que vai pô-lo em prática, porque já o fez durante a semana e muito bem. E vai ser um Famalicão esclarecido que vai estar dentro de campo pronto para competir pelo jogo”, afirmou o antigo defesa central internacional cabo-verdiano, que foi capitão dos minhotos.
Armando Evangelista, de 51 anos, orientava o Famalicão desde 20 de março, quando sucedeu a João Pedro Sousa, depois de ter orientado os brasileiros do Goiás, tendo deixado de orientar o plantel após a derrota frente ao Estoril Praia (2-1), no domingo, naquela que foi o segundo desaire seguido, depois da eliminação da Taça de Portugal, diante do Santa Clara (1-0).
“Que desfecho vamos ter, não sabemos, mas acreditamos que os jogadores, face às respostas que deram esta semana, vão ser capazes de encarar este jogo e de chegar ao final satisfeitos, acima de tudo, com eles mesmos, porque trabalharam como uma equipa”, disse.
Ricardo Silva não encara a situação de ter de assumir o cargo de treinador principal frente ao FC Porto como uma oportunidade para o futuro, salientando que não perspetiva, “a curto prazo”, assumir essas funções.
“Não considero isto uma oportunidade, porque isto para mim é uma situação natural para a qual tinha de estar preparado. E não tendo eu certezas em relação ao meu futuro, se pretendo ser treinador principal ou não, posso partilhar com vocês também aqui que esta foi uma semana muito interessante. Foi uma coisa que mexeu muito comigo e me deixou muito curioso sobre se poderá ser este o meu futuro ou não. Agora, não tenho intenções de ser treinador principal num futuro próximo. Mais longínquo, talvez, porque gostei destas sensações", acrescentou.
O treinador referiu ainda que não acredita que a equipa do Famalicão vá acusar “nervosismo ou ansiedade” para este encontro devido à mudança no comando técnico.
“Esta semana, face ao que nós identificamos e mostrámos aos jogadores, face às soluções que lhes demos para aquilo que identificamos e aquilo que eles colocaram no treino dessas soluções, deixa-me confortável. Sei que eles vão estar preparados para lidar com o desafio”, rematou.
O Famalicão, oitavo classificado com 17 pontos, recebe o FC Porto, segundo com 30, no sábado, a partir das 20:30, num encontro que vai ser arbitrado por Luís Godinho, da associação de Évora.
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