O treinador do Marítimo, Cláudio Braga, destacou hoje a importância do fator casa para a receção de sábado ao líder FC Porto, para a nona jornada da I Liga portuguesa de futebol.
O momento que os insulares atravessam não é o melhor, já que não vencem há sete jogos oficiais em todas as competições, quatro dos quais para o campeonato, no qual perderam nas últimas três partidas, mas isso não abala Cláudio Braga.
"É sempre bom um momento receber um clube de ‘top', seja quando for. Estamos sempre motivados para dar uma boa resposta. O jogo é em nossa casa, onde passa muita energia positiva e aproveito o momento para pedir aos sócios que venham cá amanhã [sábado] para dar apoio à equipa, que é assim que nos sentimos confortáveis", referiu na conferência de imprensa de antevisão.
O técnico sabe que a massa associativa está à espera de pontos e, mesmo assim, espera que os adeptos maritimistas ajudem a equipa a levar de vencido o campeão nacional.
"O fator casa é muito simples, que é ter o 12.º jogador nas nossas costas. É como andar de bicicleta com o vento a favor. É a nossa casa. É onde se sente bem, onde trabalhamos. É a nossa zona de conforto. Sentimos a exigência de dar uma boa resposta, que é ganhar o jogo e fazer uma boa exibição, mas nem sempre tudo é possível. Seria muito bom dar calor e apoio aos jogadores", acrescentou.
O FC Porto chega à Madeira bastante motivado, fruto de quatro triunfos consecutivos, e após ter chegado à liderança na ronda anterior, em igualdade pontual com o Sporting de Braga.
"Espero do FC Porto uma equipa à imagem do seu treinador. Espero mais alguma preocupação do que é normal. Quem vem à Madeira visitar o Marítimo nunca pode vir muito confortável. Mas espero um Porto motivado, em boa forma, agressivo no bom sentido e à procura dos três pontos", abordou Cláudio Braga.
Para fazer frente ao conjunto de Sérgio Conceição, a ideia do treinador ‘verde rubro' passa por ter "um bom plano de jogo" e com a ideia de conseguir fazer um "bom espetáculo".
Cláudio Braga garantiu ainda que não é por receber um clube ‘grande' que a forma de estar da equipa vai mudar.
"No Marítimo, não precisamos de motivação extra. Nós próprios temos essa preocupação, essa exigência. A nossa forma de estar diária é sempre de uma exigência máxima. Só temos uma forma de trabalhar e de pensar", vincou.
O presidente do clube insular, Carlos Pereira, também esteve presente na conferência de imprensa e revelou o objetivo para a partida, que espera ser complicada.
"Sabemos a nossa equipa e temos a determinação de vencer. Penso que é um jogo difícil, em que vamos ter muito respeito pelo FC Porto, mas não o vamos temer", assegurou.
Em relação ao rendimento do Marítimo ao fim de oito jornadas, o dirigente admitiu que gostaria de ter mais pontos, embora tenha lembrado a competitividade e também a longevidade do campeonato.
"Se fizermos os termos comparativos com as outras equipas e o equilíbrio do campeonato, só posso dizer que estou satisfeito com aquilo que produzimos. Isto não se trata de uma prova de velocidade, mas sim de uma maratona e, no final, estaremos mais felizes do que hoje", comentou.
O Marítimo, 11.º classificado, com 10 pontos, recebe o FC Porto, primeiro, com 18, no sábado, com o apito inicial marcado para as 18:00.
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