O treinador do Marítimo disse hoje que a visita ao Casa Pia, na 25.ª ronda da I Liga de futebol, será uma final num estádio “mítico”, com o objetivo de “manter viva a esperança” da manutenção.
“Vamos jogar uma final num estádio que realmente é mítico pelas finais que lá já se realizaram. Não é menos importante do que o jogo com o Santa Clara pela situação em que nos encontramos, pela jornada em que não sabemos como vão ficar os nossos adversários e para podermos manter viva a esperança de sairmos deste lugar, na eventualidade de haver deslizes nas equipas que estão imediatamente acima de nós”, afirmou José Gomes, na antevisão ao encontro da 25.ª jornada da I Liga.
Para o encontro diante dos casapianos, o técnico natural de Matosinhos espera ver um Marítimo “no seu máximo, em tudo aquilo que é preciso para encarar este jogo como uma final”, sabendo que do outro lado vai estar “uma equipa muitíssimo bem organizada a nível defensivo e com, provavelmente, o contra-ataque e ataque rápido mais bem preparado”.
Sobre o adversário que ocupa o tranquilo sétimo lugar na classificação, mas que tem oscilado em termos de resultados na segunda volta do campeonato, José Gomes garantiu que a “força se mantém”.
“Aquela coesão defensiva, com três centrais, com dois médios sempre muito próximos a ajudar os três centrais, com os laterais a ajudarem a fechar defensivamente uma linha de cinco e a velocidade e a facilidade com que eles saem para o contra-ataque, essa força mantém-se”, explicou.
Quanto à fase menos consistente dos ‘gansos’, adiantou, “numa análise à distância”, que, “quando se fica rapidamente acima das expectativas e no fundo se garante aquele que era o objetivo primeiro com muita antecedência, pode haver aqui e ali algum relaxamento”, frisando que certamente o seu treinador “já alertou e está precavido disso”.
Para José Gomes, “o importante é fazer de tudo para ganhar o jogo” e explorar aqueles que já eram os pontos menos fortes do adversário desta jornada e aproveitá-los da melhor maneira.
“Também temos jogadores rápidos e com capacidade de fazer deslocar os médios deles para conseguirmos criar espaço mais próximo da linha defensiva. Vamos procurar fazer isso e acho que vamos conseguir fazer um bom jogo, estamos preparados, sabendo que vai ser contra uma equipa muitíssimo bem organizada e muito difícil de bater como demonstrou sobretudo na primeira volta”, adiantou o treinador de 52 anos.
Para o embate no Jamor são esperados cerca de cinco centenas de adeptos maritimistas, apoio que, segundo o treinador, “é sempre importante e com esse impacto de número, de grandeza, é extraordinário”.
José Gomes conta com o regresso de Val Soares suspenso diante do Benfica e Rafael Brito cedido pelos ‘encarnados’, mas fica privado de João Afonso e André Vidigal, que cumpriram a sequência de amarelos na última partida.
A questão sobre se o polémico desfecho do encontro da primeira volta, devido à expulsão de Vítor Costa, em que o Casa Pia venceu por 2-1, poderia servir de motivação, recebeu resposta negativa por parte do técnico, que referiu que “às vezes o exagero na revolta, quase vingança, de coisas que aconteceram ao nível desportivo, normalmente trazem algum azedume a quem procura esse espaço”.
“É sempre importante manter viva essa agressividade competitiva, seja qual for o adversário, mas vamos concentrar-nos naquilo que temos a fazer. É importante termos jogadores focados naquilo que têm de fazer”, concluiu.
O Marítimo, na 16.ª posição, com 16 pontos, visita o Casa Pia, sétimo, com 35, no domingo, às 15:30, num encontro dirigido pelo árbitro António Nobre, da Associação de Futebol de Leiria.
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