Rui Vitória acredita que o seu clube tem um trabalho muito maior do que muitas das grandes potências no mundo do futebol. O técnico do Benfica, timoneiro que levou a equipa à conquista do tetracampeonato, foi capa da edição portuguesa da revista Forbes, onde falou do seu trabalho à frente do clube da Luz.
Segundo avança o jornal A Bola, que cita a entrevista dada à revista de economia, Rui Vitória acredita que tem de trabalhar muito mais os jogadores
"Estamos numa linha de montagem intermédia. Entendemos isso perfeitamente e temos de lutar com essas armas. Sabemos que trabalhamos muito mulher do que alguns dos clubes mais ricos do muno, que basta estalarem os dedos e compram o jogador feito. Nós temos de ir descobri-los, fazê-los e trabalhar", afirmou o técnico português, que tem reuniões semanais com os treinadores da formação e foi responsável pelo lançamento de jovens como Ederson, Renato Sanches, Nélson Semedo ou Lindelof.
"Tem sido uma imagem que cola à minha função de treinador a de lançamento de jovens, mas não faço isso como chavão. Faço por convicção", referiu, falando também da sua liderança e da forma como lida com a pressão.
"Tenho capacidade de lidar com as situações com a maior tranquilidade e segurança do mundo. Digo isto com orgulho. É evidente que foi um momento difícil [três derrotas com o Sporting em três jogos]. A pressão é a de quem está a concorrer a este nível. É uma pressão e exigência que tenho comigo mesmo, natural neste clube".
Rui Vitória diz também que o trabalho de um treinador não é fácil.
"Ser treinador é uma profissão de isolamento total. Costumo dizer que levamos um soco, ficamos abananados durante um dia, mas no dia seguinte regressa a energia para se atacar o próximo jogo".
O técnico dos 'encarnados' sabe que tem de conhecer os seus jogadores mas não precisa de impôr a sua vontade.
"A melhor forma de respeitar os jogadores não é respeitar o estatuto que ganharam, é respeitá-los enquanto jogador e pessoa [...] Quem não vem de um clube grande não tem um grande currículo. Nunca tivemos a necessidade impor quem manda sou eu no Benfica", declarou o treinador, que diz ter passado por algumas situações menos boas nas competições nacionais.
"Estamos num estádio com 50 mil pessoas, com envolvimento de Liga dos Campeões, que nos leva a níveis de adrenalina mais altos. De repente trazemos jogadores para balneários pequenos, para um estádio com muito menos público, uma noite fria, em que nem temos cabides para toda a gente", exemplificou Rui Vitória.
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