Patrícia Loureira entrou em contradições esta segunda-feira, no “Caso Cardinal”. Durante a inquisição de testemunhas, a juíza Marisa Arnedo apontou contradições no depoimento da antiga diretora financeira prestada numa primeira fase à polícia judiciária com o que estava a dizer esta segunda-feira em tribunal.
"Sendo manifestadas as contradições nas declarações prestadas na sede de inquérito e em audiência de julgamento afigura-se manifesta existência de indícios do crime de falsidade do depoimento pelo que é solicitado a extração da certidão com as folhas 1616/1620 [prestadas na polícia judiciária] a cópia da gravação por depoimento hoje prestado e remeter para o DIAP para uma eventual instauração de procedimento criminal", declarou a juíza.
A ex-diretora financeira de Pereira de Paulo Pereira Cristóvão terá falado em "despesas confidenciais" no Sporting aquando do primeiro inquérito mas hoje disse serem proibidas nos "leões".
Na manhã desta segunda-feira foram ouvidos ainda João Melo Franco, Luís Duque e Joana Pimenta, ex-mulher de Paulo Pereira Cristóvão. A ex-companheira do antigo vice-presidente do Sporting usou o seu direito de não prestar declarações em tribunal.
Paulo Pereira Cristóvão está indiciado na prática de sete crimes: um crime de burla qualificada, um crime de branqueamento de capitais, um crime de devassa por meio de informática, dois crimes de peculato, um crime acesso ilegítimo qualificado e um crime de denúncia caluniosa qualificada.
O julgamento prossegue dia 27 de maio. Na parte da manhã serão ouvidos as testemunhas Rui Fernandes e Carlos Barbosa e da parte do tarde o arguido Paulo Pereira Cristóvão.
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