O Sporting voltou a deixar críticas à arbitragem de Tiago Martins no jogo contra o Moreirense (0-0), agora por intermédio de Miguel Braga, responsável de comunicação dos 'leões'.
Além de se debruçar sobre lances do jogo, Miguel Braga denuncia ainda que o árbitro "demorou mais de hora e meia para escrever o seu relatório", deixando a comitiva 'leonina' à espera.
"Sabendo que a equipa iria regressar nessa mesma noite a Lisboa, o árbitro demorou mais de hora e meia para escrever o seu relatório. Quando confrontado com a espera, respondeu 'o senhor Severo tem de esperar, pois estou a rever umas vírgulas'", escreve Miguel Braga em comunicado.
"Hora e meia de espera. Estaria certo se não fosse profundamente errado. O respeito conquista-se. E não é com comportamentos assim, dentro e fora de campo, que os árbitros portugueses vão alguma vez ganhar créditos. Muito pelo contrário", refere ainda o comunicado.
Leia o comunicado na íntegra:
"Há certas coisas difíceis de perceber sobre a arbitragem do jogo de ontem do Sporting Clube de Portugal. Logo ao minuto 3, penalti por assinalar sobre Jovane Cabral: “João Cabral chegou tarde, não jogou a bola e atingiu um pé de Jovane” (Jogo); “Jovane cai na área depois de ser rasteirado (…). Penalti por assinalar”; “Lance difícil de interpretar em campo, mas que as imagens evidenciaram ser irregular” (Bola). Apesar da opinião unânime, a equipa liderada por Tiago Martins com Jorge Sousa no VAR nada viu. Pior. Quando confrontado com o erro, na zona dos balneários, por elementos do Sporting, o juiz da partida teve o desplante de afirmar “já vi as imagens e ninguém lhe tocou. O Jorge Sousa bem disse ‘Siga, siga!’”
E se Tiago Martins começou o jogo torto, a verdade é que nunca se conseguiu endireitar, terminando o encontro com novo erro grosseiro, na mesma direcção, com a agravante que terá sido avisado do puxão visível a Coates pelo VAR. “Lance que o VAR entendeu ser evidente e que o árbitro devia ter sinalizado como ilegal” (Bola); “Coates cai na área, após ser agarrado pela camisola, o que o impede de disputar a bola” (Record); “Com o recurso às imagens trata-se de dupla incompetência não assinalar o penalti” (Jogo). E o que fez Tiago Martins? Nada. Nada o convence a fazer o seu papel. Nem uma indicação, nem um puxão claro, nem a indignação dos presentes.
Aliás, Tiago Martins acha que está acima da crítica e no seu íntimo talvez pense que errar é humano e que ele é um ser superior. Não é. Por isso mesmo, o árbitro não gostou que o director desportivo do Sporting lhe perguntasse como é possível não ter marcado dois penaltis claros. Sem insultos, sem impropérios, apenas uma pergunta altamente compreensível. E ao contrário do que fez com Abdu Conte, aí Tiago Martins fez valer a sua autoridade e num acto de coragem expulsou, fora de campo, Hugo Viana.
A noite má de Tiago Martins podia ter ficado por aqui. Mas não. Sabendo que a equipa iria regressar nessa mesma noite a Lisboa, o árbitro demorou mais de hora e meia para escrever o seu relatório. Quando confrontado com a espera, respondeu “o senhor Severo tem de esperar, pois estou a rever umas vírgulas”. Hora e meia de espera. Estaria certo se não fosse profundamente errado.
O respeito conquista-se. E não é com comportamentos assim, dentro e fora de campo, que os árbitros portugueses vão alguma vez ganhar créditos. Muito pelo contrário."
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