Os arguidos Nuno Mendes, conhecido por ‘Mustafá’, e Bruno Jacinto saíram hoje visivelmente satisfeitos do tribunal de Monsanto, após ouvirem o Ministério Público (MP) pedir a absolvição da autoria moral dos crimes no ataque à Academia do Sporting.

“Não sei qual foi a novidade, para quem assistiu desde o início ao julgamento. O sentimento é de tristeza, porque foram nove meses [de prisão preventiva]. Não mudou tudo hoje, mas estou em liberdade graças a este senhor”, afirmou o líder da claque Juventude Leonina, apontando para o seu advogado, Rocha Quintal.

De acordo com o representante de Mustafá, o MP foi “intelectualmente honesto na avaliação” do julgamento, embora tenha recusado nomear “como uma vitória” a indicação da procuradora Fernanda Matias.

“Não é uma vitória, é a reposição da justiça. A fase nobre foi a de julgamento, onde foi produzida a prova e toda a verdade que envolveram estes factos. Relativamente ao Nuno Mendes, não tenho a menor dúvida que foi injustiçado”, afirmou, recusando pronunciar-se sobre um eventual pedido de indemnização.

Já o ex-oficial de ligação aos adeptos Bruno Jacinto, assumiu ter saído emocionado da sessão desta manhã e garantiu que o seu “amor ao Sporting é inquestionável” e que nunca falhou para com o clube.

“É claro que é uma vitória. Ainda não é a vitória final, porque ainda não houve sentença, mas ouvir as palavras que ouvi da procuradora tirou-me um grande peso. Sempre estive de consciência tranquila no processo todo, mas não estava dependente de mim. Ouvir a procuradora dizer que estou absolvido de todos os crimes de que estou acusado é formidável”, frisou.

No entanto, Bruno Jacinto não deixou de se queixar de que este processo “mudou quase tudo” na sua vida, nomeadamente os “17 meses” em que se viu privado da liberdade, concluindo com a manifestação de “esperança” de que o coletivo de juízes acate o pedido do MP.

Nuno Mendes e Bruno Jacinto, juntamente com o ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho, estavam acusados da autoria moral de 40 crimes de ameaça gravada, 19 crimes de ofensas à integridade física qualificadas e por 38 crimes de sequestro.

O processo do ataque à Academia do clube, em Alcochete - onde, em 15 de maio de 2018, jogadores e equipa técnica do Sporting foram agredidos por adeptos ligados à claque ‘leonina' Juve Leo –, tem 44 arguidos, acusados de coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.

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