A Sporting SAD anunciou, esta segunda-feira, em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que terminou o exercício da época 2018/19 com resultado negativo de 7,877 milhões de euros.
Contudo, a SAD ‘leonina’ alega, no mesmo comunicado, que teria tido um resultado positivo de 700 mil euros caso não tivessem sido constituídas imparidades com os jogadores Alan Ruiz, Luc Castaignos, Josip Misic, André Pinto, Fredy Montero e Bruno Gaspar, que ascendem a um montante de 8,577 milhões de euros.
No comunicado enviado à CMVM, a SAD leonina explica em detalhe quanto pagou pelos reforços na era Frederico Varandas. Desde que chegou à presidência do clube, Varandas gastou 33,2 milhões de euros em jogadores para o plantel principal, até junho de 2019. Destes, o argentino Luciano Vietto foi o mais caro
No último mercado de inverno foram investidos 13,6 milhões de euros, já no mercado de verão, foram gastos 19,6 milhões de euros até 30 de junho (não são contabilizados os reforços depois dessa data).
Os reforços na era Frederico Varandas
Jogadores contratados no último verão (até 30 de junho de 2019)
Luciano Vietto: 7,9 milhões (7,5 ME mais 0,4 ME em comissões)
Rafael Camacho 5,6 (5 mais 0,6 em comissões)
Rosier 5,3 (5 mais 0,3 em comissões)
Neto 0,8 (tudo em comissões)
Jogadores contratados no mercado de inverno (até 31 de janeiro de 2019)
Idrissa Doumbia: 4,4 (3,8 mais 0,6 em comissões)
Cristian Borja: 3,6 (3,2 mais 0,4 em comissões)
Gonzalo Plata: 1,5 (1,1 mais 0,4 em comissões)
Renan Ribeiro: 1,1 (sem comissões)
Luíz Phellype: 0,7 (0,5 mais 0,2 em comissões)
Destes dez reforços, apenas dois não pertencem na totalidade ao Sporting. Os 'leões' sublinham que detém apenas 50 por cento dos direitos desportivos de Gonzalo Plata e 80 por cento do passe de Cristian Borja.
No Relatório e Contas é ainda explicado quanto ganham os elementos da direção: Frederico Varandas auferiu quase 120 mil euros, Francisco Salgado Zenha recebeu pouco mais de 78 mil, João Sampaio quase 50 mil e Miguel Cal recebeu pouco acima das 66 mil euros.
Ainda no mesmo relatório, o Sporting explica que deve mais de 25 milhões de euros a empresários, valor esse que diz respeito ao período compreendido entre 1 de julho de 2018 e 30 de junho de 2019. Dos 25,601 milhões de euros 15 milhões são devidos a um total de 42 empresas de agenciamento e o remanescente para "outros fornecedores". "Os principais saldos em dívida referem-se fundamentalmente a aquisição de direitos desportivos e económicos e direitos de imagem de jogadores, comissões de intermediação, entre outros", pode-ser ler no relatório.
Em termos globais, o volume de negócios do exercício totalizou 151,6 milhões de euros, o que representa, de acordo com a SAD, um crescimento homólogo na ordem dos 20 por cento.
Nas contas, regista-se ainda o aumento do passivo global em 42,256 milhões de euros, sendo que os capitais próprios se mantêm negativos, no valor de 23,604 milhões de euros.
As contas do exercício entre 30 de junho de 2018 e 30 de junho de 2019 serão submetidas a apreciação e votação em 01 de outubro, em Assembleia Geral de acionistas.
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