A Câmara de Espinho anunciou hoje um acordo com o Sporting Clube de Espinho para construção do recinto que permitirá à coletividade substituir o Estádio Comendador Manuel Violas, com quase 90 anos e em estado de degradação.
Em comunicado, a autarquia compromete-se a inscrever no orçamento municipal de 2018 as verbas necessárias para a construção do novo estádio, que o clube já tem em projeto desde 2010 mas cuja concretização veio adiando por razões relacionadas com impedimentos urbanísticos e, sobretudo, com a falta de capital para suportar a obra - o que se agravou com a insolvência da instituição, declarada em 2014.
Agora que o Sporting de Espinho desistiu de financiar um projeto próprio devido a esses "constrangimentos" financeiros, a autarquia afirma que "perante o interesse expresso pela atual direção do clube em não avançar com a criação de um estádio próprio, a Câmara mostra-se disponível para viabilizar a construção de um Estádio Municipal".
O comunicado da autarquia realça que o atual Executivo "reconhece o interesse público desta infraestrutura" e propõe-se construi-la, como previsto há vários anos, em terrenos contíguos à Nave Desportiva de Espinho, cedidos ao clube em regime de Direito de Superfície.
O Estádio Municipal a criar nessa zona da freguesia de Silvalde irá assim assegurar "instalações condignas" ao Sporting de Espinho, dotando-o das condições que permitam "responder às necessidades desportivas de um clube com dimensão histórica".
O comunicado da autarquia realça, aliás, que a coletividade vem utilizando "há quase 90 anos" o atual estádio da Avenida 8 - que inicialmente era apelidado de "Campo da Avenida", depois passou a adotar o nome "Estádio da Avenida" e, nos últimos anos, se designa Estádio Comendador Manuel de Oliveira Violas.
Quando concluído o novo estádio, o recinto onde o clube vem jogando já deverá ter sido desafeto do seu património, para ajudar ao saneamento financeiro da instituição, tendo já em 2010 a direção do Sporting de Espinho dito à agência Lusa que não estava interessada em prescindir desse espaço por menos de 15 milhões de euros.
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