O Sporting de Braga pondera construir um novo estádio, que, se a autarquia local "cooperar", pode nascer onde se localiza o Estádio 1.º de Maio, informaram hoje os ‘arsenalistas’ em comunicado.

Em fevereiro, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, anunciou que a edilidade vai fazer um referendo local sobre a venda do Estádio Municipal de Braga, recinto construído para o Euro2004 e, desde então, ‘casa’ da equipa de futebol dos minhotos.

Essa possível alienação "foi motivo de várias reflexões por parte do Conselho Geral e dos demais órgãos sociais" do Sporting de Braga, reunidos no passado sábado.

Nessa reunião, segundo um comunicado do Sporting de Braga, o líder ‘arsenalista’, António Salvador, falou "sobre o futuro pós período de vigência do contrato de cedência, que terminará em dezembro de 2033" e alertou "para a necessidade de, desde já, começar a promover uma discussão alargada com os sócios a propósito da possível construção de um novo estádio, obra vital para o futuro do Sporting de Braga".

"Esse novo complexo, propriedade do Sporting de Braga, seria mais pequeno (cerca de 20.000 lugares), com uma localização central, funcional, ‘business-oriented' e adaptado às necessidades do clube e dos seus adeptos. No entanto, este tema dependerá sempre da vontade dos sócios, independentemente da direção que estiver a presidir, no futuro, o Clube/SAD", pode ler-se.

António Salvador referiu ainda "que se a câmara municipal o entender e cooperar com o Sporting de Braga em relação a este tema, cedendo em definitivo o Estádio 1.º de Maio, a construção do novo complexo poderá ser executada naquele local, nos moldes acima referidos".

A reunião do Conselho Geral e dos restantes órgãos sociais do clube e da SAD serviu para dar a conhecer os termos da minuta final aprovada recentemente pela Assembleia Municipal para outorga do contrato de constituição do direito de superfície entre município e clube no âmbito da segunda fase da cidade desportiva do Sporting de Braga, assim como os termos do protocolo entre clube e SAD para a utilização da estrutura.

Entre outros pontos, e "tendo em conta a putativa venda do Estádio Municipal e que os dois campos de treinos anexos ao mesmo o poderiam acompanhar, foi solicitado que os mesmos fossem incluídos na constituição do direito de superfície", de forma a "proteger a Cidade Desportiva de qualquer vicissitude que venha a ocorrer no âmbito do Estádio Municipal".

Confira o comunicado na íntegra:

"A Direção do SC Braga convocou o Conselho Geral e os restantes órgãos sociais do Clube e da SAD para uma reunião no passado sábado, dia 25, onde foram apresentados os termos da minuta final aprovada pela Assembleia Municipal para outorga do Contrato de Constituição do Direito de Superfície entre Município e Clube no âmbito da 2ª Fase da Cidade Desportiva do SC Braga, assim como os termos do protocolo entre Clube e SAD para a utilização da estrutura.

Esta sessão teve como objetivo detalhar as melhorias à estrutura contratual a efetuar com o Município e que visam a otimização da execução do projeto numa lógica de funcionalidade para o Clube, para a SAD e para a comunidade em geral, mas procurando sobretudo os melhores interesses do SC Braga e do projeto para a Cidade Desportiva, que no entendimento da Direção só passaram a estar salvaguardados mediante as alterações produzidas.

As melhorias consubstanciam-se nos seguintes pontos:

1 - Alargamento do prazo do direito de superfície de 45 para 75 anos;

2 - Levantamento das restrições à utilização plena do pavilhão multiusos contra o pagamento de 400.000€ ao Município de Braga;

3 - Autorização expressa por parte do Município de cedência pelo Clube à SAD do direito de superfície, assumindo esta as obrigações inerentes ao mesmo, como o pagamento de 400.000€ ao Município e a construção da 2ª Fase da Cidade Desportiva. No momento da outorga do contrato de cedência do direito de superfície pelo Clube à SAD será igualmente outorgado protocolo entre ambas as entidades nos termos do qual a SAD se obrigará a ceder o direito de utilização das áreas destinadas ao Clube (nomeadamente o pavilhão e todas as suas valências);

4 - Tendo em conta a putativa venda do Estádio Municipal e que os dois campos de treinos anexos ao mesmo o poderiam acompanhar, foi solicitado que os mesmos fossem incluídos na constituição do direito de superfície. Tal facto terá a vantagem de proteger a Cidade Desportiva de qualquer vicissitude que venha a ocorrer no âmbito do Estádio Municipal.

Apresentados os termos, os presentes congratularam-se, por unanimidade, com as melhorias introduzidas nas condições referentes ao Contrato de Constituição do Direito de Superfície, ao projeto referente à 2.ª Fase da Cidade Desportiva e à execução conforme exposto na reunião e já deliberado pelos associados do SC Braga na Assembleia Geral de outubro de 2015.

A obra avançará, previsivelmente, até final de julho de 2019.

Considerando que a possível venda do Estádio Municipal foi motivo de várias reflexões por parte do Conselho Geral e dos demais órgãos sociais, o Presidente António Salvador teceu considerações sobre o futuro pós período de vigência do contrato de cedência, que terminará em Dezembro de 2033. O Presidente alertou os presentes para a necessidade de desde já começar a promover uma discussão alargada com os sócios a propósito da possível construção de um novo estádio, obra vital para o futuro do SC Braga.

Esse novo complexo, propriedade do SC Braga, seria mais pequeno (cerca de 20.000 lugares), com uma localização central, funcional, business-oriented e adaptado às necessidades do clube e dos seus adeptos. No entanto, este tema dependerá sempre da vontade dos sócios, independentemente da Direção que estiver a presidir, no futuro, o Clube/SAD. Finalmente, o Presidente referiu que se a Câmara Municipal o entender e cooperar com o SC Braga em relação a este tema, cedendo em definitivo o Estádio 1.º de Maio, a construção do novo complexo poderá ser executada naquele local, nos moldes acima referidos."

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