O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol instaurou processos disciplinares a Frederico Varandas, presidente do Sporting, a João Mário, jogador dos 'leões', e a Miguel Braga, responsável pela comunicação do emblema leonino. Em causa, diz o comunicado da CD da FPF, estão as "alegadas declarações proferidas em órgão de comunicação social" pelos três, logo após o Famalicão 2-2 Sporting, da 9.ª jornada da I Liga.
O órgão disciplinar da Federação já encaminhou o mesmo processo para a Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional
No final do jogo, marcado por um golo anulado ao Sporting nos descontos e que daria a vitória, os 'leões' foram muito críticos para com o VAR Artur Soares Dias e também o juiz do encontro, Luís Godinho.
"Anularam-nos um golo limpo, no final, já vi o lance e não consigo ver falta. Faz parte, mas é difícil compreender esta decisão. Há que haver respeito e não houve. Acabamos por responder a algumas bocas do banco do Famalicão. Foi um bom jogo e infelizmente não nos deixaram ganhar", disse na altura, o jogador João Mário, na flash-interview da Sport TV.
Já o presidente Frederico Varandas criticou a atuação do VAR por entender que foi anulado um "golo limpo" ao Sporting e que tal não se verificaria se fosse um jogo dos rivais.
"Voltámos a ter um árbitro no VAR a ter influência num momento capital. Este lance final de anular o golo ao Coates, se fosse com um dos rivais, Benfica ou FC Porto, nunca seria anulado. Num jogo de futebol existem erros normais, o que me preocupa é a natureza e a forma como é visto o VAR. Este lance é um golo limpo. O que acontece é: 'vamos utilizar o VAR e encontrar algo que justifique o que anule o golo'. Com uma câmara microscópica, com uma ampliação de 64 vezes… este golo jamais seria anulado para os nossos rivais. Como presidente do Sporting custa-me ver 4 pontos retirados onde se utiliza mal o VAR. Já falei com o presidente do CA. Vêm os especialistas, veem um frame em que o braço toca, mas o golo é limpo. Eram 4 pontos de avanço e começam a tremer. Mas quanto mais tremem mais força dão ao grupo", disse aos jornalistas, no final do jogo com o Famalicão.
Também Miguel Braga foi visado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. O responsável pela comunicação dos leões acusou o árbitro Luís Godinho de dualidade de critérios.
"Jogador do Famalicão chuta a bola e é avisado por Luís Godinho. Jogador do Sporting chuta a bola e vê de imediato o segundo amarelo. A isto chama-se dualidade de critérios. Aguardamos a qualquer momento posição do Conselho de Arbitragem sobre lance do João Mário e esta dualidade", escreveu no Twiiter. Pouco tempo voltou ao mesmo local para escrever o seguinte:
"O mesmo VAR que anulou um golo limpo a Coates, não viu este empurrão grosseiro a João Mário. Aguardamos a qualquer momento a posição do Conselho de Arbitragem".
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