O Benfica renasceu na I Liga de futebol sob a alçada de Bruno Lage, alcançando a liderança antes de visitar o Sporting, após um início de época pouco auspicioso, que levou ao despedimento de Roger Schmidt.

Bruno Lage, campeão pelos ‘encarnados’ na temporada 2018/19, regressou à Luz para render o alemão Roger Schmidt, que venceu o campeonato na sua primeira época, em 2022/23, mas não deu seguimento ao sucesso, com uma temporada seguinte negativa.

No entanto, o presidente Rui Costa decidiu manter o treinador germânico para a época agora em curso, apesar da contestação, o que apenas durou quatro jornadas: o desaire em Famalicão, por 2-0, e o empate com o Moreirense, por 1-1, foram a ‘gota de água’.

Depois de experiências nos ingleses do Wolverhampton e nos brasileiros do Botafogo, Bruno Lage regressou a ‘casa’ e pegou na equipa principal do Benfica a meio da época, tal como a primeira vez, e voltou a surtir efeito, nos resultados e na qualidade de jogo.

À quinta ronda, já o Benfica estava a cinco pontos do líder Sporting, que contabilizou 11 vitórias nas primeiras 11 rondas, numa máquina completamente ‘afinada’ com Ruben Amorim e que parecia ‘embalar’ para um bicampeonato que foge há décadas.

As oito vitórias consecutivas das ‘águias’ - entre as quais um muito convincente 4-1 na receção ao FC Porto, da 11.ª jornada - desde que Bruno Lage assumiu o comando não deixaram fugir ainda mais na frente o rival lisboeta, tendo também somado goleadas.

Os encontros com Santa Clara (4-1), Boavista (3-0), Gil Vicente (5-1) e Rio Ave (5-0), de forma consecutiva, marcaram a mudança de paradigma do Benfica, com uma postura mais balanceada para o ataque, ao mesmo tempo que revelava boa coesão defensiva.

Após vencer o FC Porto e de uma terceira paragem para as seleções nacionais, a turma da Luz decaiu em termos de qualidade futebolística, mas nem assim deixou de vencer, sendo exceção a igualdade a uma bola registada na visita à Vila das Aves, contra o AVS.

Passar o Natal e chegar ao dérbi no primeiro lugar da tabela classificativa era algo que parecia ‘impossível’ em novembro, mas que se tornou mesmo realidade, face à quebra enorme que o Sporting sofreu depois de Ruben Amorim rumar ao Manchester United.

Tendo em conta a partida em atraso na Madeira, frente ao Nacional, adiada devido ao nevoeiro e entretanto concluída, a liderança chegou a estar durante várias semanas a longínquos oito pontos, que foram revertidos num ápice, durante o mês de dezembro.

Sob o comando de João Pereira, os ‘leões’ foram perdendo pontos atrás de pontos e o Benfica aproveitou, num ‘onze-base’ já muito bem vincado: Trubin, Bah, Tomás Araújo, Otamendi, Carreras, Florentino, Aursnes, Di María, Kökçü, Akturkoglu e Pavlidis.

O campeão Sporting, segundo, com 37 pontos, e o líder Benfica, com 38, da 16.ª ronda da I Liga, está marcado para as 20:30 de domingo, no Estádio José Alvalade, em Lisboa, e vai contar com a arbitragem de Fábio Veríssimo, da Associação de Futebol de Leiria.