O Sporting regressou aos triunfos ao vencer em casa o Boavista por 3-2, em jogo da 14ª jornada do campeonato. Os leões entraram bem, mas deixaram-se empatar por duas vezes. Contudo, a equipa de João Pereira conseguiu sempre reagir, alcançando uma importantíssima vitória, que põe fim a um ciclo de quatro derrotas, e mantém os campeões nacionais na liderança.
Dominar, marcar...e adormecer
João Pereira fez apenas uma alteração relativamente ao último jogo diante do Club Brugge. Debast entrou para o eixo da defesa, substituindo Ousmane Diomande. Do lado do Boavista, Cristiano Bacci repetiu o mesmo onze que começou a partida diante do Farense no último fim de semana.
Os leões entraram muito pressionantes nos primeiros minutos, empurrando os axadrezados para o seu último terço. Logo aos oito minutos Gyokeres dispôs da primeira oportunidade, mas deparou-se perante a boa intervenção do guarda-redes César. O sueco teve nova oportunidade, agora de cabeça, que saiu a rasar o poste da baliza boavisteira.
O jogo era de sentido único e os campeões nacionais mostravam muita velocidade nas trocas de bola, muito através do corredor direito onde Geny Catamo entrava muitas vezes no um para um; numa dessas combinações o moçambicano obrigou César a defesa apertada.
Adivinhava-se o golo verde e branco a qualquer altura e ele acabou mesmo por chegar aos 23 minutos. Numa saída do Boavista desde a zona defensiva, Pedro Gomes fez um atraso demasiado curto para César, devidamente aproveitado por Gyokeres que não teve dificuldade em inaugurar o marcador.
O golo não alterou o rumo do jogo, os leões continuaram por cima e a empurrar as panteras para junto da sua grande área, ameaçando o segundo golo. Contudo o passar do relógio foi adormecendo a partida e baixando o ritmo da mesma.
De tal forma que o Boavista conseguiu mesmo chegar ao empate, na primeira vez que chegou com critério ao ataque; 43 minutos e Salvador Agra a cruzar para o segundo poste, onde surgiu Bozeník a cabecear para o 1-1.
Trincão põe travão à montanha-russa
Ao intervalo o empate penalizava a incapacidade dos leões em materializarem a sua clara supremacia e premiava a grande eficácia dos axadrezados.
O inesperado empate do adversário obrigou o Sporting a manter a pressão e a procurar colocar-se novamente em vantagem e a postura acabou por dar frutos; 49 minutos e uma abertura rápida encontrou Maxi na esquerda e o uruguaio entrou na área e cruzou rasteiro para Francisco Trincão atirar para o 2-1.
Contudo os leões não conseguiram segurar a vantagem por muito tempo; menos de dez minutos depois do golo de Trincão, o Boavista voltou a marcar; bola ganha de cabeça na esquerda e Bruno Onyemaechi a aparecer dentro da área e a rematar de primeira para o 2-2.
Os níveis de ansiedade cresciam e os decibéis desciam em Alvalade, contudo os leões mantiveram a calma e conseguiram voltar à vantagem; aos 66 minutos, Gyokeres é lançado na esquerda e serve Trincão dentro da área que, de pé esquerdo, bisou na partida.
O Sporting voltava à vantagem e as bancadas esperavam que os verdes e brancos conseguissem estabilizar de vez a sua zona mais recuada, depois de ver duas vantagens desperdiçadas, contudo, a ansiedade dos adeptos leoninos era bem notória.
Esses níveis iam aumentando e o Boavista pegou na partida nos últimos minutos, aproveitando a notória intranquilidade dos campeões nacionais, aproximando-se da baliza de Israel primordialmente através de lances de bola parada.
Todavia, e apesar de alguns arrepios, as iniciativas ofensivas das panteras não deram em grandes oportunidades, e o Sporting conseguiu assim segurar uma preciosa vantagem, que lhe permite regressar às vitórias, quatro jogos depois.
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