O Sporting recebeu e venceu o Estoril em Alvalade por 3-0 em partida da 23.ª jornada da I Liga. Os leões regressaram assim aos triunfos, depois do empate da jornada passada no Estádio do Dragão e da pesada derrota de meio da semana ante o Manchester City para a Liga dos Campeões.

Depois de uma primeira parte em que escassearam as ocasiões de golo, Pedro Gonçalves abriu o marcador ao minuto 40, aproveitando uma abordagem infeliz do guarda-redes do Estoril a um primeiro remate do Pablo Sarabia e na segunda parte, depois de o Estoril se ver reduzido a dez elementos, Matheus Reis e Sarabia (este com um grande golo) selaram o triunfo leonino.

Pouca velocidade nos minutos iniciais

Com algumas baixas importantes - sobretudo Coates e Palhinha - no 'onze' inicial, o Sporting até viu o Estoril ser a primeira equipa a chegar perto de uma das balizas, num cabeceamento de que não assustou Adán.

Aos poucos, os leões até começaram a apertar a sua habitual pressão alta e a recuperar bolas em zona perigosa, com Pedro Gonçalves a deixar um primeiro aviso num desses lances, aos sete minutos, num remate em jeito, de pé direito, que saiu ligeiramente ao lado. Mas foi o único lance digno de registo nuns 15 minutos iniciais de muito pouca velocidade por parte do conjunto de Rúben Amorim.

Domínio acentua-se, mas ocasiões de golo nem vê-las...e golo surge quase do nada

A partir do minuto 20 o Sporting intensificou o domínio territorial, instalou-se em definitivo junto ao último terço do terreno, encostando o Estoril à sua grande área. Porém, e apesar de a bola rondar por muitas vezes as imediações da baliza à guarda de Dani Figueira, sobretudo a partir de cruzamentos vindos das duas alas, os lances de perigo eram nulos. Um remate torto, de pé esquerdo, de Pedro Porro já dentro da grande área contrária não merece, sequer, ser considerado uma exceção.

Os minutos iam passando e esta toada mantinha-se, com o intervalo a aproximar-se. Até que, aos 40 minutos, iria surgir o golo, num raro lance de perigo, proporcionado por uma abordagem infeliz do guarda-redes do Estoril. Na sequência de uma boa jogada de entendimento da frente de ataque dos campeões nacionais, Pablo Sarabia surgiu a rematar rasteiro, em posição frontal. A defesa não era fácil para Dani Figueira, que contudo pareceu ter o lance controlado, mas acabou por deixar a bola fugir para a frente. Rapidíssimo e extremamente oportuno, Pedro Gonçalves surgiu para a recarga, a tocar a bola para o fundo das redes antes que o guarda-redes contrário conseguisse corrigir a abordagem e segurar o esférico.

Segundo tempo abre à imagem do primeiro

O Sporting saiu, assim, em vantagem para o intervalo e entrou para o segundo tempo como tinha entrado para o primeiro: sem grande velocidade no seu jogo e sem conseguir criar perigo. A perder, o Estoril tentava aproveitar para surgir mais vezes no meio-campo leonino e junto da baliza à guarda de Adán, mas também não conseguia importunar o espanhol.

No primeiro quarto e hora do segundo tempo, nota apenas para três cartões amarelos. Um para o Estoril, para Joãozinho, por simular uma grande penalidade, e dois para o Sporting (Porro e Sarabia), com o segundo a ter consequências para o próximo jogo, frente ao Marítimo, afastando o avançado espanhol dessa deslocação à Madeira.

Raúl Silva entra, é expulso e Sporting embala para vitória tranquila

Mas se esse cartão teve consequências para o Sporting, outro, pouco depois, viria a ter consequências ainda maiores para o Estoril. Estavam decorridos 64 minutos de jogo quando Raúl Silva, que havia substituído Ferraresi nos canarinhos três minutos antes e fazia o seu jogo de estreia pelo Estoril Praia, recebeu ordem de expulsão depois de entrada dura sobre Porro. O árbitro foi alertado pelo VAR, visionou as imagens e tomou mesmo a decisão de exibir o cartão vermelho direto.

Foi um duro golpe para qualquer reação que o Estoril ainda ambicionasse ter. E novo golpe para os forasteiros não tardou, com o Sporting, em superioridade numérica, a chegar ao 2-0. No seguimento de uma bonita jogada coletiva da equipa leonina, Paulinho deixou de calcanhar para Matheus Reis, já dentro da grande área do Estoril, e o brasileiro surgiu a atirar rasteiro, para o 2-0, na cara de Dani Figueira.

Se ainda não o tinha feito com a expulsão, o Estoril baixou em definitivo os braços e o terceiro golo do Sporting não tardou a chegar. E que golo! Pablo Sarabia recebeu a bola ainda longe da entrada da grande área do Estoril, ajeitou o esférico e armou um fulminante remate em arco, de pé esquerdo, que só parou no fundo das redes.

Com tudo decidido, o Sporting ainda ficou por mais duas vezes perto de fazer o quarto golo, mas o resultado não sofreu mesmo mais alterações.

O resumo