O Sporting suou para levar de vencida o Marítimo, na partida que abriu a 7.ª jornada da I Liga 2021/22. Tal como na jornada anterior, foi Pedro Porro, na conversão de uma grande penalidade - que surgiu já no período de descontos do segundo tempo - a assinar o único golo do jogo
A jogar em casa, os 'leões' criaram várias ocasiões de golo, até enviaram duas bolas aos ferros da baliza do Marítimo, mas a vitória só apareceu muito perto do fim, num lance em que o guarda-redes do Marítimo, que tão bem tinha estado até então no jogo, derrubou Jovane Cabral. O Sporting coloca, assim, pressão sobre o líder Benfica, que sábado, na visita ao V.Guimarães.
Sporting entra a dominar, mas sem criar perigo
Depois do regresso aos triunfos na jornada anterior, no terreno do Estoril, Rúben Amorim promoveu apenas uma mexida no 'onze' do Sporting, fazendo regressar Feddal ao centro da defesa, por troca com Matheus Reis, e mantendo a confiança no reforço espanhol Pablo Sarabia na frente.
Os campeões nacionais começaram o jogo instalados no meio-campo do Marítimo, que raramente ultrapassou com bola a linha divisória, devido à pressão alta exercida pelos jogadores do Sporting, mas ocasiões de golo, nos primeiros 15 minutos de jogo, nem vê-las. Paulinho não conseguiu rematar em zona frontal, após cruzamento de Matheus Nunes, graças a um corte providencial de Saenz, aos nove minutos, e à passagem do quarto de hora Palhinha atirou muito por cima, sem assustar Paulo Victor.
Marítimo deixa aviso, Sporting responde, fica perto do golo, mas intervalo chega a zeros
Curiosamente, o primeiro lance a dar algum sinal de perigo até pertenceu ao Marítimo. Na primeira vez que chegaram com a bola controlada junto da grande área dos leões, os visitantes viram atirar de pé esquerdo, em zona frontal, ligeiramente por cima.
O lance pareceu espicaçar o Sporting, que na resposta criou também a sua melhor situação de perigo até então. Lance conduzido por Pedro Porro pela direita, cruzamento atrasado, com Nuno Santos a receber solto de marcação dentro da grande área maritimista e a rematar para defesa apertada do guarda-redes contrário, para canto. Logo depois, em nova iniciativa pela direita, Paulinho tentou o desviou de calcanhar, mas ficou curto.
Era o período de maior pressão do Sporting e o golo esteve à vista aos 25 minutos. Passe fantástico de Sarabia a isolar Nuno Santos, que picou a bola por cima de Paulo Victor, com esta a bater na parte de fora da trave e a sair por cima.
Nuno Santos era, definitivamente, o mais irrequieto do ataque dos 'verdes e brancos' e voltaria a ter nova oportunidade minutos mais tarde. Novamente Sarabia a desmarcar o 'camisola 11' do Sporting, que chegou primeiro do que Paulo Victor a bola mas, de ângulo apertado, atirou 'de letra' e viu China cortar perto da linha de golo. Sarabia, num espetacular remate perto do intervalo, também ameaçou o golo, mas o nulo persistiu mesmo até ao intervalo.
Segunda parte abre com mais do mesmo
Se na primeira parte Nuno Santos tinha sido o mais perigoso, voltou a ser ele a dar o mote logo a abrir o segundo tempo. Servido por Paulinho, rematou de pé esquerdo para defesa apertada do guarda-redes do Marítimo. O Sporting entrava bem e, logo de seguida, na sequência de um canto, Paulinho cabeceou ligeiramente por cima.
Aos 54 minutos, Paulo Victor voltou a brilhar, desta feita para travar um remate a Palhinha, numa jogada de insistência do médio, e o golo teimava em não aparecer e Rúben Amorim viu-se obrigado a arriscar: tirou Rúben Vinagre, colocou Nuno Santos a fazer toda a ala esquerda e lançou em campo Tiago Tomás, perto da hora de jogo.
Outra vez o poste, outra vez Paulo Victor e penálti ao cair do pano a salvar o 'leão'
Mas o Marítimo continuava a suste o ataque verde e branco e, dez minutos depois, Amorim fez entrar Jovane e Daniel Bragança para os lugares de Sarabia e Matheus Nunes. Os dois entraram bem na partida e foram eles a estar na origem do lance de maior perigo do segundo tempo até então.
Bragança trabalhou muito bem no meio-campo, abriu para Jovane, que fletiu para dentro e passou a Porro, que encheu o pé num remate cruzado que parecia levar selo de golo, mas foi devolvido pelo poste da baliza do Marítimo.
Até ao fim o Sporting tentou o tudo por tudo e esteve muito perto de marcar em cima do minuto 90, por Tiago Tomás, mas Paulo Victor voltou a brilhar, com uma defesa de recurso, com os pés
O árbitro do encontro, em virtude das inúmeras paragens de jogo ao longo do segundo tempo, concedeu oito minutos de desconto e foi já nesse período de compensação que, numa bola bombeada para a grande área do Marítimo, Paulo Victor acabou por acertar em Jovane, que de cabeça chegou primeiro à bola. Grande penalidade a beneficiar o Sporting, que Pedro Porro, tal como havia feito na jornada passada, na Amoreira, não perdoou. Na baliza estava já Edgar Costa, visto que Paulo Victor viu mesmo o segundo cartão amarelo e o consequente vermelho, no lance do penálti, e o Sporting acabou mesmo por somar três (suados) pontos.
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