Pouco mais de 200 sócios do Vitória de Guimarães, clube da I Liga portuguesa de futebol, aprovaram hoje as contas da temporada 2017/18, que apresentaram um lucro de 300.000 euros e um passivo que desceu para 8,9 milhões.
Com cerca de 20 votos contra e de 50 abstenções, os associados vitorianos viabilizaram, em assembleia geral ordinária, um documento que mostra que o clube obteve lucro pelo segundo ano consecutivo, graças a um saldo positivo de 1,3 milhões de euros entre rendimentos e gastos, depois reduzido com juros, impostos, amortizações e depreciações.
As receitas do clube - abrange todas as atividades, com exceção do futebol profissional e de formação acima dos 11 anos, sob a alçada da SAD - caíram dos 5,3 milhões de euros, em 2016/17, para os cinco milhões, em 2017/18, já que a receita transferida da SAD para o clube desceu dos 906.000 para os 326.000 euros.
Já os gastos, subiram dos 3,4 para os 3,7 milhões de euros, devido à maior parcela de quotização entregue pelo clube à SAD, à subida de 15% do investimento nas modalidades, para um valor superior a 800.000 euros, e à subida de gastos com pessoal, nomeadamente com o "descongelamento das carreiras dos funcionários".
O passivo do clube, por seu turno, caiu dos 9,9 milhões para os 8,9 milhões de euros ao longo da época passada, com o ativo a cifrar-se nos 34,9 milhões de euros e o capital próprio nos 26 milhões.
O vice-presidente do Vitória de Guimarães para a área financeira, Francisco Príncipe, realçou que a época passada foi um período de "consolidação financeira" do clube, de "crescimento e valorização do património", com obras na academia e no Estádio D. Afonso Henriques, que ultrapassaram o milhão de euros de investimento, e o investimento nas modalidades não profissionais.
O dirigente revelou ainda que o clube terminou a época com cerca de 19.000 sócios pagantes, tendo registado um aumento de cerca de 220.000 euros nas receitas com quotização e angariação de novos sócios.
Já o presidente vitoriano, Júlio Mendes, afirmou que o relatório e contas é uma prova do "crescimento" e da "sustentabilidade" da instituição e lamentou que o clube tenha de devolver, desde a época passada, cerca de metade do subsídio à atividade desportiva que recebe da Câmara, para pagar IMI.
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