Artur Fernandes, presidente da Associação Nacional de Agentes de Futebol, falou com o Sapo Desporto e fez uma análise ao mercado de transferências que hoje encerra.
“Acho que esta época de transferências vem no seguimento de outras épocas e foi marcada pela contenção financeira dos clubes. As transferências realizadas são feitas por montantes cada vez mais baixos e os empréstimos tornaram-se mais regulares. É um cenário que faz todo o sentido pela racionalidade financeira que tem de reger os clubes e está de acordo com aquilo que era expectável nesta altura”, frisa o presidente da ANAF.
Este dirigente lembra que “o papel dos agentes é fundamental” neste processo e alerta para a necessidade de cada vez mais os clubes negociarem com agentes licenciados.
“Enquanto a relação entre clubes e jogadores for estabelecida por agentes licenciados, terá cada vez mais qualidade. O problema que temos é que de ano para ano cresce o número de agentes clandestinos e que vão prestando serviços muito maus ao futebol. Mas essa é uma questão que procuramos combater e é nesse sentido que estamos a trabalhar.”
Relativamente aos negócios que foram feitos neste defeso, Artur Fernandes diz queomelhor para avaliações será mesmo esperar pelo fim da época.
“Só no último dia do campeonato poderemos avaliar quem é que se reforçou melhor e quem é que se reforçou pior. Apenas digo que por vezes gastar muito e comprar muitos jogadores não é sinónimo de sucesso desportivo.” Portanto, continuou,”se calhar aqueles que se reforçaram melhor foram aqueles que não contrataram nenhum jogador mas conseguiram criar melhores condições para os jogadores que já estavam no clube”.
Para terminar, reforça, “a quantidade não é relevante e o mais importante são os resultados no final do ano, sendo que será necessário tempo para avaliar quais foram as boas e más opções”.
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