Jean Michaël Seri, futebolista do Paços de Ferreira, pondera recusar fazer parte dos convocados da Costa do Marfim na Taça das Nações Africanas (CAN), em 2015, para cumprir o objetivo de realizar "uma grande época" na principal Liga portuguesa.
"Não queria falar agora da seleção. Se for chamado, vai depender, mas acho que não vou", disse Seri, em declarações à agência Lusa.
O médio pacense, de 23 anos, evitou alongar-se em comentários, esclarecendo que "a seleção é um objetivo, mas para depois".
Os "elefantes" foram a 11ª seleção a apurar-se para a mais importante competição do continente africano, que se realiza na Guiné Equatorial, entre 17 de janeiro e 8 de fevereiro, e na qual vão estar, entre outros, Cabo Verde e Gabão, treinados pelos portugueses Rui Águas e Jorge Costa.
"O meu coração diz-me para não ir e, sinceramente, não quero ir", repetiu, esclarecendo que "o objetivo definido para este ano é fazer uma grande época".
O marfinense, que ainda não se estreou pela seleção principal, diz gostar do Paços de Ferreira, considerando-o um "bom clube", mas não esconde a ambição de "assinar por um clube maior".
"Gosto do Paços, mas, se fazes uma boa época, podes sair. Tenho ambições. O meu lugar não era no FC Porto B ou na segunda divisão e esperava chegar a Paços de Ferreira e fazer coias boas", sublinhou.
O médio reconheceu que, em comparação com a época passada, "mudaram muitas coisas" para melhor na formação nortenha e não se mostrou surpreendido com a prestação da equipa, repartindo o mérito por todos, embora reconheça no treinador um dos obreiros do "bom futebol" que a equipa tem praticado.
"Desde a pré-época que o treinador passou a mensagem de que é o coletivo que faz a diferença. Na época passada, se calhar, havia mais individualismo", afirmou.
Seri tem jogado no centro do terreno, ao lado de outro “criativo”, Sérgio Oliveira, num "4-4-2 clássico, com dois falsos trincos", uma opção que merece os elogios do marfinense.
"Gosto mais de jogar assim, dando apoio defensivo, com agressividade nas recuperações, e transportando a bola para o ataque", explicou.
O camisola 88 do Paços diz que "a Europa não é o objetivo", mas não deixa de dizer que "fazer um bom campeonato" e "chegar o mais longe possível" pode conduzir a equipa a um final feliz.
"Estamos focados agora no Estoril, uma equipa forte, que vem para pontuar, mas queremos muito ganhar. Aliás, queremos mais e temos capacidade para fazer muito mais. Se será o terceiro, o quarto ou outro lugar, no fim veremos", concluiu o futebolista, que tem mais um ano de contrato com a formação pacense.
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