Sérgio Conceição realizou ao final da manhã deste sábado a habitual conferência de imprensa de antevisão ao encontro e garantiu que não usará o desgaste provocado pelo excesso de jogos como desculpa e frisou que, apesar da série de bons resultados que a equipa atravessa, os seus pupilos ainda são capazes de fazer melhor.
O que espera do jogo com o Paços de Ferreira
"As expetativas são as melhores no sentido de ser mais uma batalha difícil, num campo em que, historicamente, não é fácil jogar para todos os adversários. Até porque o Paços habituou-nos a ser uma equipa consistente na I Liga, com excelentes resultados. Agora, cabe-nos ir a Paços e tornar um jogo difícil num mais acessível, onde possamos ganhar os três pontos, que é o mais importante."
Última equipa a bater o FC Porto na I Liga foi, precisamente, o Paços
"Foi, talvez, o meu pior jogo. Foi um pós-Liga dos Campeões, e foi um jogo mau da equipa, que pode acontecer. Temos de ser coerentes no nosso discurso, e eu sou. Não olho para as estatísticas quando são positivas ou negativas. Todos os jogos são diferentes. Não vai ser o mesmo jogo, de certeza absoluta, por isso, é trabalhar em cima do que é o Paços de Ferreira. Temos de olhar para aquilo que podemos e devemos fazer, que é o mais importante, tendo respeito pelo Paços de Ferreira e por aquilo que nos pode provocar. Não olho para esses dados, mas sim para aquilo que é o jogo, amanhã."
FC Porto a praticar um futebol de melhor qualidade
"Depende de como olhamos para o futebol. Para mim, um futebol mais vistoso é quando o guarda-redes, com um passe, consegue isolar o nosso avançado. Mas isto é para mim. Também gosto de outras coisas, mas depende dos jogadores que tenho à disposição. Daí já termos jogado em 3x4x3 e transformado em 5x4x1, em 4x4x2, em 4x2x3x1... É dentro daquilo que temos à disposição que procuramos ter duas ou três variantes que não permita ao adversário ter referências. Depois, depende das caraterísticas que temos. O Vitinha não é um Danilo, por exemplo. Uribe pode aproximar-se de Herrera, mas são médios são diferentes. É o trabalho dos treinadores, sempre com o pensamento em ganhar, que é o mais importante."
A importância do triunfo sobre o Sporting para a Taça
"Não são as vitórias que nos têm que dar confiança. Trabalhar sobre vitórias é sempre importante, perante rivais fortes e competitivos. A eliminatória com o Sporting ainda não acabou. Não é qualquer vitória que nos pode dar confiança, mas sim o trabalho diário. Essas vitórias devem originar títulos. É isso que deve acontecer. Trabalhamos para ter confiança diariamente e conseguir um resultado positivo. As vitórias acontecem porque se trabalha bem. Sem títulos, não têm significado."
Sequência com vários jogos a meio da semana
"Não posso dizer que o desgaste serve de desculpa, porque não serve. Mas, antes do jogo com o Sporting, disse que ter mais um dia de recuperação é importante nesta fase da época. Não tem a ver com os jogos que fazemos, mas com as viagens. Após o jogo de Alvalade, chegámos aqui, ao Dragão, às 4h da manhã e os jogadores deitaram-se às 5h. Depois, estamos aqui a fazer a antevisão do jogo com o Paços de Ferreira, onde eles têm de correr, jogar bem e ganhar. Depois, encontramo-nos aqui na segunda-feira, terça-feira entramos em estágio e na quarta-feira jogamos com o Lyon, que ontem ganhou 4-1 ao Lorient. É desgastante. Os adversários dizem que o plantel é grande e estamos habituados...É grande q.b., e estarmos habituados não tem a ver com nada. Os jogadores são humanos, há momentos de desgaste. Claro que queria ter uma semana limpa, mas estamos num clube grande, que está implicado em três frentes. Temos de olhar para isso de forma inteligente e criativa na gestão do grupo."
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