Sérgio Conceição fez ao início desta tarde a antevisão à receção ao Gil Vicente (sábado, 20h30). Em conferência de imprensa, foram vários temas abordados, incluindo a gravidade da lesão de Zaidu e a evolução dos novos reforços, nomeadamente Alan Varela e Iván Jaime. Conceição vai reencontrar Vítor Campelos, que foi seu adjunto no Vitória SC.
O que esperar do Gil Vicente: "O Vítor tem feito um trajeto interessante, trabalhou comigo no Vitória. Sei da capacidade dele, da equipa técnica e dos jogadores do Gil Vicente. Históricamente, os jogos com o Gil Vicente, em casa, são difíceis. Nos dois últimos jogos, não conseguimos ganhar. É prova de que teremos um jogo com dificuldades, mas cabe-nos perceber a dinâmica da equipa, os pontos fortes, e estarmos atentos. Teremos o mesmo respeito pelo Gil que tivemos pelo Shakhtar. Para nós, não há diferença, a preparação é feita da mesma maneira. Vamos tentar ganhar o jogo. É o que queremos."
Individualidades do Gil Vicente: "Olho para o coletivo. Dentro desse coletivo, há jogadores que, ao olho do adepto, podem ter um bocadinho mais de qualidade técnica. Vejo outras coisas no jogo, independentemente de perceber que tem sido um arranque de época fantástico para Maxime Domínguez. O Fujimoto também é importante na dinâmica ofensiva. Não sei se jogam os dois, mas já me estou a meter com o Vítor Campelos. Penso que não. São dois bons jogadores da equipa do Gil Vicente, que tem um plantel muito interessante, mas vamos preocupar-nos com as dinâmicas da equipa, que são bem trabalhadas pelo Vítor."
Galeno: "É uma evolução normal. É um jogador que conheci muito jovem. Depois, saiu para o Sporting de Braga, onde teve uma evolução muito interessante, que é mérito do Galeno e de quem trabalhou com ele. Voltou aquando da saída de um jogador importante, que era o Luis Díaz, de uma forma que me agrada. É um jogador diferente, não nas caraterísticas, mas tem outro critério, hoje. Fico contente. Tivemos resultados positivos, excetuando o jogo com o Arouca. Em termos exibicionais, esperava um bocadinho mais. Não foi agora, com o jogo do Shakhtar, que está tudo bem. Não está, há sempre coisas a melhorar. Os jogadores têm de evoluir e a equipa vai ser mais forte."
Lesão de Zaidu: "Está fora, e vai estar fora nas próximas semanas. Teve uma lesão muscular. Infelizmente, temos tido alguns problemas, mas temos de ter soluções. Não muda o plano de jogo e a estratégia, temos outros jogadores que podem fazer a posição."
Última exibição foi a melhor da época?: "Não é a exibição que nos dá confiança. A confiança é adquirida com trabalho. Os resultados podem não acontecer sempre como queremos, mas essa confiança, essa forma e essa dinâmica vai-se adquirindo com a evolução que cada um vai tendo. Depois, depende da estratégia em função do adversário. Não acredito que haja uma equipa do mundo que olhe exclusivamente para dentro e não para o adversário. Fazemos isso com o máximo de respeito, percebendo que o máximo do trabalho é focado no que somos e no que queremos para a equipa. A exibição foi natural para quem conhece os jogadores, o clube e a história que temos na Liga dos Campeões."
Alan Varela e Iván Jaime: "Sentem-se à vontade, como todos os outros, mas não à vontadinha, porque têm de andar. Têm de perceber algumas das ideias que tenho para os jogadores que jogam naquela posição. Acredito que ainda têm muita coisa a melhorar. Já percebemos, e por isso é que os fomos buscar, que acreditamos no potencial e na qualidade deles. Mas essa qualidade tem de ser colocada à disposição da equipa e da minha forma de pensar o jogo."
Arranque de temporada: "Em sete anos, penso que é o nosso segundo melhor arranque. Não estou a falar de termos exibicionais, queríamos fazer exibições perfeitas, mas, mesmo quando fizemos jogos excecionais, não fizemos jogos perfeitos. É disso que andamos à procura. Virá o momento em que isso possa acontecer, mas andámos muito perto. Os resultados, com exceção de um, têm sido positivos. Têm sido até melhores do que as exibições. Em termos exibicionais, fazer pior do que aquilo que já foi feito penso que é difícil. A perspetiva futura é de que a equipa melhore e continue a apresentar resultados positivos, que é ganhar, porque, aqui, empatar já é um drama para nós. Perdemos dois pontos que são fundamentais nesta batalha no campeonato nacional. Não podemos fugir ao nosso principal objetivo, que é reconquistar o campeonato."
Vir de um jogo da Champions para um jogo nas competições internas: "Já disse que a preparação é sempre a mesma, com o mesmo foco e rigor de quando encontramos, na Taça de Portugal, equipas de escalões inferiores. Depois, começamos a falar de muitos aspetos, como a estratégia, a motivação dos jogadores... Se não estiverem motivados, cabe-me fazer com que estejam. Na Liga dos Campeões, os jogos são mais abertos do que na I Liga, o que é natural. Com exceção de meia dúzia de jogos durante a época, passamos a maior parte do tempo a atacar. Há outros perigos no jogo. Cada vez mais, as equipas são competentes. Fiquei muito agradado com o que vi do Estrela da Amadora, por exemplo, com jogadores jovens de potencial enorme. Este Gil Vicente também tem jogadores muito interessantes. Hoje em dia, definem estratégias difíceis, porque percebem o que somos como equipa, o que é normal. Estuda-se muito bem, vai-se ao pormenor. Sabendo que temos três pontos para ganhar e que cada jogo é final, cabe-nos desmontar desmontar organizações defensivas, ir à procura do golo e ser extremamente equilibrados, para não sofrer. Quando se ataca muito, há muito espaço nas costas. É dentro disto que, por vezes, é mais difícil em romper uma muralha defensiva na I Liga do que na Liga dos Campeões."
André Franco a ganhar o lugar a Pepê: "Aqui, não há ninguém à frente de ninguém. Todos trabalharam para merecer o lugar na equipa. Depois, o trabalho semanal dá-me as respostas de quem joga."
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