No passado dia 10 de março, uma data que parece já bem lá longínqua (passaram-se 'só' 44 dias), a Liga Portugal anunciava que a 25.ª jornada seria realizada à porta fechada, uma decisão que dois dias depois seria tornada mais drástica com a suspensão das competições, suspensão essa que dura até aos dias de hoje.
42 dias depois da suspensão, começa-se a pensar num possível regresso do futebol nacional, mas com limitações.
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, quando questionada sobre o assunto na passada terça-feira, deixou claro que o regresso da I e II Liga, mesmo à porta fechada e com testes aos jogadores encerram ”uma questão muito complexa".
Ora, numa altura em que surgem rumores de um possível regresso das competições no próximo mês de junho e com a forte hipótese dos jogos serem retomados sem público, é uma boa altura para relembrar quais eram as indicações da Liga para a realização dos jogos da 25.ª jornada das duas principais ligas nacionais à porta fechada, situação que acabou por não se verificar.
As indicações da Liga Portugal dividiam-se em duas partes: as recomendações para o pré-match (antes do jogo) e quem, afinal,, poderia entrar no estádio.
O acesso ao estádio estava limitado a:
- Jogadores, equipas técnicas e equipas de arbitragem
- Direções e Órgãos sociais dos clubes;
- Máximo de 100 pessoas com funções técnicas da organização da partida (ex: apanha-bolas, pessoal de manutenção, pessoal de limpeza, etc)
- Delegados da Liga
- Delegados das equipas
- Delegados de Campo
- Diretores de segurança
- Diretores de imprensa em funções na partida
- Médico do controlo anti-doping
- Emergência Médica
- Bombeiros
- Autoridades de segurança (pública e privada)
- Elementos da Liga
- Representantes dos media
- Elementos necessários à transmissão via TV e Rádio dos jogos
Mas afinal de contas, quantas pessoas ao certo estariam nos estádios? Foi este número que o SAPO Desporto foi procurar descobrir junto dos clubes que iriam ser visitados nessa jornada.
Para o Benfica-Tondela, que estava marcado para o dia 14 de março, fonte das ‘águias’ deu conta de um número a rondar as 400 pessoas acreditadas para a partida – “Desde equipas técnicas, jogadores, arbitragem, imprensa (incluindo broadcaster), staff de organização e apoio técnico, direção, elementos da Liga”.
O Portimonense, que iria receber o Gil Vicente, tinha 58 pessoas credenciadas contando apenas com a área de imprensa e com a transmissão da partida.
Já fonte do Rio Ave explica que o clube de Vila do Conde já se encontra mesmo a preparar-se para a eventualidade dos jogos serem retomados à porta fechada, com números mais reduzidos em relação a março.
O emblema planeia ter ‘apenas’ 150 pessoas dentro do Estádio dos Arcos, um número bastante inferior ao que estava previsto para o jogo Rio Ave – Paços de Ferreira, do passado dia 13 de março. Isto já contando com jogadores e equipas técnicas e com uma redução para um terço das acreditações ‘normais’ destinadas aos média.
“Estas pessoas não andam a circular pelo estádio. Os jogadores só se encontram com os treinadores, os jornalistas não vão ter contacto com mais ninguém dentro da ficha de jogo. O máximo de contacto que existirá será mesmo entre os jogadores, mas isso não dá para evitar”, referiu o clube.
Resta agora saber se, como e quando a I Liga vai voltar aos estádios nacionais.
Uma coisa parece certa: não vai ser como antes.
Nota: Todos os clubes anfitriões foram contactados. Apenas os mencionados forneceram uma resposta.
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