Atualmente ao serviço dos ingleses do Brighton, Ezequiel Schelotto recordou a sua passagem pelo Sporting, nomeadamente os últimos tempos, em que foi colocado a trabalhar à margem do plantel.

"Não fazer o que mais gosto foi horrível. Ao princípio reagi com calma, mas chegou um momento em que não podia mais. Partia-me o coração aquela situação e quase perdi as forças para seguir em frente. Estive para deitar a toalha ao chão. Foi uma situação horrível porque num momento és titular, despertas a atenção do selecionador da Argentina e depois começas a treinar sozinho", disse o defesa-direito em entrevista ao jornal Correio da Manhã.

"Sempre mostrei amor e paixão pela camisola, nunca vireia as costas a nada, sempre quis o melhor para o clube. Chorei de raiva por não ter sido campeão, enojava-me quando perdíamos alguns jogos e aceitava as críticas para poder melhorar", acrescentou.

Apesar de tudo, Schelotto diz não guardar ressentimentos de Jorge Jesus por o ter dispensado. "A minha relação com Jorge Jesus sempre foi boa, como de pai para filho. Foi uma peça fundamental na minha carreira. Colocou-me a jogar como lateral-direito e eu fui-me adaptando à posição ao ponto de sentir que é nesse lugar que quero jogar sempre", conta.

"Houve um conflito ou outro, mas é normal quando estamos mais nervosos. Somos pessoas de caráter forte, não nos escondemos atrás de nada e chocámos algumas vezes, mas a última palavra é sempre do treinador. Eu tive que respeitar e seguir em frente", referiu.

Schelotto elogiou ainda Bruno de Carvalho: "É um fanático pelo Sporting, dá tudo o que tem pelo clube. Esteve sempre a par da minha situação e felicitou-me quando assinei pelo Brighton. Houve sempre respeito. Nunca falharam nada comigo e respeitaram sempre as datas de pagamento dos salários."