Golos, espetáculo e incerteza até ao fim. O jogo grande da primeira jornada da I Liga não desiludiu e terminou com um empate (3-3) entre SC Braga e Sporting, resultado que se ajusta perfeitamente ao que as duas equipas mostraram em campo. Os leões estiveram três vezes em vantagem na Pedreira - com golos de Pote (9'), Nuno Santos (18') e Marcus Edwards (83') -, mas deixaram-se sempre empatar pelos minhotos, com dois reforços a marcarem na estreia e Abel Ruiz a saltar do banco para resgatar a igualdade. No final, ganhou o futebol.

Veja o resumo

Contrariando todas as expectativas iniciais, Adán recuperou em tempo recorde a uma lesão no joelho e foi titular na baliza do Sporting. Destaque ainda para a presença de Morita no meio-campo e de Francisco Trincão no ataque, as únicas caras novas em relação à época passada.

Também no onze do SC Braga houve novidades, com Artur Jorge a apostar em três reforços: o lateral Victor Gomez, o central Niakaté (ambos em estreia na I Liga) e Simon Banza na frente, ao lado de Vitinha.

O Sporting entrou bem no jogo e só precisou de 9 minutos para festejar na Pedreira. Belo desenho ofensivo dos leões, com Matheus Nunes a servir Porro nas costas da defesa minhota, o lateral cruzou para o segundo poste, onde Pedro Gonçalves (quem mais?) apareceu a encostar para a baliza praticamente deserta.

A resposta do SC Braga foi rápida e eficaz. Aos 14’ Ricardo Horta armou o remate à entrada da área, mas iludiu os adversários e serviu Simon Banza, que atirou já em esforço para o empate – primeiro golo do avançado francês em plena estreia pelos arsenalistas.

Sem tempo a perder, o Sporting conseguiu recuperar a vantagem ainda antes dos 20 minutos de jogo, em mais um lance para ver e rever: Matheus Nunes arrancou na direita, virou o jogo para o lado contrário e descobriu Nuno Santos, que rematou de primeira para o chão fazendo com que a bola sobrevoasse Matheus (18’).

O encontro manteve-se intenso e com bons momentos de futebol de parte a parte, com o VAR a invalidar o que seria o ‘bis’ de Banza aos 35’ (estava em posição irregular) e Trincão a falhar de forma inacreditável na cara de Matheus aos 37’.

Foi já em cima do intervalo que o SC Braga chegou ao empate, por intermédio de mais um reforço: livre cobrado na esquerda por Sequeira, Niakaté fugiu a Matheus Reis e Trincão no poste mais distante e apareceu a cabecear para o 2-2.

O ritmo baixou consideravelmente após o descanso e o jogo tornou-se mais quezilento. Aos 54' Ricardo Horta apareceu completamente sozinho à entrada da grande área, mas o remate saiu por cima. Pouco depois, Fábio Veríssimo assinalou grande penalidade por suposta falta de Sequeira sobre Pedro Gonçalves, mas reverteu a decisão após indicação do VAR.

No entanto, a solução para desbloquear o empate estava no banco. Rochinha entrou aos 79 minutos e só precisou de quatro para desorientar a defesa do SC Braga, deixando depois para Marcus Edwards, que também havia sido lançado por Rúben Amorim, com este a rematar de pé esquerdo para o fundo da baliza.

Resultado fechado? Nem por isso. As cartadas lançadas por Artur Jorge também causaram estragos: aos 88’ Álvaro Djaló arrancou pela esquerda e serviu Abel Ruiz no coração da área para o 3-3 final.