Retirado do futebol há cerca de quatro anos, Javier Saviola trabalha atualmente como treinador adjunto num clube de Andorra, o no Ordino, numa videconferência promovida pelo Barcelona, clube pelo qual também passou, intitluada 'Mis entrenadores', o atacante recordou os tempos que passou no Benfica para elogiar Jorge Jesus.

"Um dos anos em que desfrutei mais foi com o Jorge Jesus no Benfica. A liberdade no ataque que deu a Di María, Cardozo, Ramires, Aimar e a mim foi impressionante. Ganhámos essa liga, em 2009/10", recordou Saviola.

Para além de Jesus, o antigo avançado argentino destacou outros treinadores que o marcaram e explicou porquê. "De Gabriel Rodríguez, treinador que tive 8 anos no River, aprendi a falar com os mais jovens; com o José Pékerman, nos escalões jovens da Argentina, descobri que um treinador pode ser humano ao ponto de fazer de pai e treinador. Marcaram-me, tal como o Bielsa, tão obsessivo com o futebol que ia dormir e sonhava com uma jogada. O Ramón Diaz, no River, ensinou-me que um tem de ser corajoso e apostar nos jovens da formação. Do Manuel Pellegrini aprendi a gerir um grupo com tranquilidade. Do Carles Rexach, inspirado em Cruyff, comecei a valorizar a liberdade. O Van Gaal incutiu-me a necessidade do trabalho defensivo e o Rijkaard ensinou-me o dialogo permanente com o jogador", recordou.

A terminar, Saviola explicou também o tipo de treinador que pretende ser, agora que enverdou por essa carreira. "Formei-me para ser um treinador próximo do jogador, valente taticamente, protagonista no campo e dialogante. O meu objetivo como treinador é que os meus jogadores sempre levem algo de mim. Jogadores? Quero um que tente criar, que saiba desdobrar e valente no um contra um. Quero jogadores que saibam quebrar linhas. Sem esquecer o processo defensivo, não me aborreço nunca ao ver jogar bem a minha equipa", afirmou.