O novo treinador do Boavista, Erwin Sanchez, disse hoje que a situação da equipa de futebol "não é nada fácil", pediu "união" para vencer as dificuldades e defendeu que é preciso "coragem para ir à procura dos pontos".
Sanchez deu hoje, no Estádio do Bessa, no Porto, a sua primeira conferência de imprensa desde que assumiu o comando técnico dos ‘axadrezados’, substituindo Petit, o novo treinador do Tondela, e falou mais sobre as suas ideias para o Boavista do que sobre do jogo com o Estoril-Praia, já na sexta-feira (20:30), para a 13ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
O Boavista tem apenas duas vitórias e não vence desde a quinta jornada, há mais de dois meses, quando foi a Coimbra bater a Académica (0-2), o que levou Sanchez a admitir que a situação "não está fácil".
"Temos quatro dias de trabalho e alguns jogadores têm mais dificuldades do que outros em entrar na ideia e na filosofia de jogo que queremos implantar, mas isso consegue-se com muito trabalho. Eles estão dispostos para isso e assim torna-se menos complicado", salientou.
Sanchez afirmou que pretende "começar esta nova etapa com vitórias".
"Temos que pensar sempre que o Boavista tem que entrar em campo para ganhar, com a ajuda dos adeptos. Com a união de todos, podemos sair desta situação", acrescentou.
O novo treinador realçou que a sua filosofia de jogo é "à Boavista", o que pressupõe, referiu, "coragem, principalmente, em ir à procura dos pontos que estão em disputa.
Sanchez reforçou que o objetivo é "jogar sempre para ganhar os jogos, seja em casa seja fora, contra qualquer equipa.
"A mentalidade tem que ser essa. Temos jogadores para isso e temos que trabalhar muito mais do que os outros, porque estamos a começar uma nova etapa", considerou.
Disse ainda estar a "gostar" do que encontrou, apesar de a equipa estar só um lugar acima da linha de água.
Sanchez encontrava-se no Blooming, clube do seu país, a Bolívia, quando disse ter sido "surpreendido com o convite" para treinar o Boavista, clube onde jogou.
"Foi com muita alegria que o recebi, porque sempre tive o sonho de poder voltar a trabalhar em Portugal. Temos que aproveitar da melhor maneira. Sabemos que a situação não é nada fácil, mas temos muita confiança no nosso trabalho, referiu.
O técnico realçou que o Boavista pode sair da situação em que se encontra na I Liga "com a união de todos os boavisteiros e principalmente com o querer dos jogadores".
Sanchez também falou de Petit, que disse ser seu "grande amigo, mais do que colega de futebol".
"Os tempos que passámos no Boavista foram espetaculares e criámos uma amizade que vai mais além disso, mas o futebol é assim, tem este tipo de situações. Não ficámos contentes por vir substituir um amigo, mas o futebol é isso", assinalou.
Sanchez substituiu Petit e este acaba de ser escolhido para o lugar de Rui Bento, no Tondela, sendo que entre os três há um denominador comum, o Boavista, onde se cruzaram enquanto jogadores.
"Também o Rui Bento é meu amigo e o Petit vai ocupar o lugar do Rui, mas no fundo disto o que é bom é que os três representamos o Boavista, o que é sinal de que temos algum valor. Tenho que estar contente pelo Petit, por voltar, triste pelo Rui, porque sai, mas é o futebol, é a nossa vida", comentou Sanchez.
O Boavista, 16.º classificado, com nove pontos, defronta o Estoril-Praia, 11.º, com 15, na próxima sexta-feira, às 20:30, no Estádio do Bessa, no Porto, num jogo da 13.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
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