Francisco Salgado Zenha apelou a união de todos os sportinguistas para colocar o clube no "caminho certo". Em entrevista à Rádio Observador, o administrador da SAD responsável pela área financeira recordou que a "instabilidade não vem do mandato de Bruno de Carvalho"
"A instabilidade não ajuda o Sporting. É preciso ser sério relação a isso. A instabilidade não vem do mandato de Bruno de Carvalho, vem dentro e há muito tempo. Por alguma razão não somos campeões há tantos anos. Temos de dar condições a quem está à frente do Sporting. Não pode ser por um momento mais negativo no futebol profissional que podemos colocar em causa todo um plano e estratégia definidas pela direção. A estabilidade é fundamental para tornar o clube sustentável. Se a cada bola na barra se coloca o plano estratégico e desportivo em causa, assim será mais difícil", lembrou.
O dirigente sublinhou que "se todos estiverem unidos e trabalharem no mesmo sentido. O clube tem todas as condições para ser sustentável", recordou, garantindo que a direção liderada por Varandas não vai se demitir.
"Esta direção tem um mandato, que quer cumprir. Em teoria todas as direções devem cumprir mandatos, o que espero é cumprir o mandato e entregar aos sócios o que nós prometemos. Temos cumprido exatamente aquilo que estava no programa eleitoral no que diz respeito ao meu pelouro. Ter um programa eleitoral e cumprir parte desse programa em apenas um ano de mandato prova que sabemos para onde queremos ir", atirou
Na mesma entrevista à Rádio Observador, Salgado Zenha falou de Bruno Fernandes e explicou as razões que levaram o Sporting a não vender o médio no último mercado de verão. O dirigente garantiu também que o médio não deixará Alvalade em janeiro, no próximo mercado de inverno.
"A SAD do Sporting poucas vezes teve resultados positivos. Se definíssemos a estratégia só com base nos resultados líquidos do ano, seria difícil tornarmo-nos numa estrutura profissional. Não é fulcral vendermos o Bruno Fernandes em janeiro porque temos outras formas de gerar receita e de nos financiarmos. Temos de as procurar, no Sporting é mais difícil do que, por exemplo, na EDP, mas temos alternativas. No mercado de verão tivemos de tomar decisões, a venda do Bruno Fernandes para muitos era um dado adquirido, era possível ele sair, mas não foi o caso e optámos por vender outros jogadores. [...] Não fazia sentido aceitar o que ofereciam pelo Bruno Fernandes. A venda do Bas Dost foi feita porque o custo que ele representava não era comportável para a realidade do Sporting. O que temos de perceber é que o Sporting não tem capacidade para ter todos os jogadores e tem de tomar decisões. Esta foi a decisão", explicou.
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